Produtores expandem área semeada e apostam em condições climáticas para superar queda nos preços
Os produtores de feijão no Paraná mantêm expectativas positivas para a safra 2024/2025, impulsionados por um aumento na área plantada e condições climáticas favoráveis. Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), a área destinada ao feijão deve ser revisada para cima, podendo superar os 143,6 mil hectares inicialmente estimados — a maior dos últimos cinco anos.
Apesar da queda no valor da saca de feijão-preto, que passou de R$ 320,00 em setembro para cerca de R$ 240,00 em novembro, os agricultores seguem apostando na cultura. O plantio já alcançou 97% da área prevista, e a combinação entre bom clima e custos de produção competitivos, estimados em R$ 184,00 por saca, tem mantido o otimismo no campo. Se os preços se estabilizarem, o feijão pode se tornar uma alternativa viável à soja nos próximos ciclos.
Trigo, suínos e bovinos também se destacam no cenário agropecuário
Além do feijão, o boletim do Deral traz atualizações sobre outras culturas importantes no Paraná. A colheita do trigo está praticamente concluída, com apenas 2% da área restante. A produção total deve atingir 2,3 milhões de toneladas, uma queda de 36% em relação ao recorde de 2023, que somou 3,8 milhões de toneladas.
Na pecuária, o Brasil registrou o melhor trimestre de sua história para a produção e exportação de carne suína entre julho e setembro de 2024, atingindo 1,4 milhão de toneladas, um aumento de 2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No setor de bovinos, o abate cresceu 14,8% em relação a 2023, apesar da alta nos preços da arroba desde setembro.
Fonte: Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab)