Servidor da Anvisa é acusado de desviar medicamentos apreendidos para venda ilegal
Uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira (21) revelou um esquema clandestino envolvendo a importação e venda de medicamentos para emagrecimento, com atuação em clínicas médicas no Rio de Janeiro e São Gonçalo. Entre os envolvidos, está um servidor da Anvisa, acusado de desviar cerca de 100 canetas emagrecedoras apreendidas.
A Operação Ignota, como foi batizada, cumpriu três mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos. As investigações apontam para a existência de uma associação criminosa especializada em receptar e distribuir fármacos sem origem comprovada, colocando em risco a saúde dos pacientes.
Segundo a Polícia Federal, houve um aumento expressivo na apreensão de medicamentos para emagrecimento durante fiscalizações em aeroportos. Os produtos, sem registro ou controle sanitário, estavam sendo revendidos por clínicas que ignoravam as condições de transporte, armazenamento e eficácia dos remédios.
A Anvisa, que atua em cooperação com a PF no inquérito, confirmou a participação de um de seus servidores no desvio dos medicamentos, agravando a gravidade do caso.
Os investigados podem responder por crimes como importação ilegal de medicamentos, receptação qualificada e associação criminosa. A pena pode ultrapassar 10 anos de prisão, dependendo do grau de envolvimento de cada um.
Riscos à saúde pública
Especialistas alertam que o consumo de medicamentos sem procedência regular representa sérios riscos à saúde, incluindo reações adversas, intoxicação e até morte. A vigilância sanitária reforça que produtos usados em tratamentos médicos devem sempre ter origem legal e aprovação dos órgãos competentes.
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Fonte: Agência Brasil – Douglas Corrêa (21/10/2025)