Iniciativas combinam restauração florestal, economia sustentável e benefícios para comunidades locais
A restauração da Amazônia pode ser uma grande aliada na luta contra as mudanças climáticas, integrando soluções sustentáveis e gerando benefícios socioeconômicos. Um estudo inédito, lançado na última quarta-feira (27/11), aborda o potencial da bioeconomia para a recuperação florestal no bioma amazônico, destacando 61 casos mapeados, dos quais 13 se destacaram por sua relevância.
Desenvolvido pela Aliança pela Restauração da Amazônia, com apoio da The Nature Conservancy (TNC) Brasil, o estudo reúne modelos de sucesso que integram restauração florestal a atividades como sistemas agroflorestais, coleta de sementes nativas, créditos de carbono e produtos da sociobiodiversidade, como o açaí e a castanha.
Bioeconomia como motor para restauração
A publicação, chamada Bioeconomia da Restauração na Amazônia, surgiu para aumentar a visibilidade e compreensão sobre as oportunidades e operações no campo da restauração florestal. O objetivo é acelerar a implementação de soluções financeiras e operacionais que garantam recursos eficazes para iniciativas locais.
“É essencial dar visibilidade a quem já realiza a restauração em abordagens distintas, desde empreendimentos comunitários até grandes empresas”, explica Rodrigo Freire, líder da TNC Brasil e secretário executivo da Aliança.
Os critérios para seleção dos casos incluem diversidade geográfica, sustentabilidade financeira, governança social e os impactos econômicos, sociais e ambientais gerados. Os exemplos vêm de estados como Pará, Amapá, Acre, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.
Impactos climáticos e sociais
Rubens Benini, líder de Florestas e Restauração da TNC Brasil, destaca que as iniciativas mapeadas são cruciais para atingir metas globais de clima, como o limite de aumento de 1,5°C. “A restauração em larga escala não só recupera áreas degradadas, mas também evita novos desmatamentos e fortalece uma economia sustentável de base florestal”, afirma.
Os projetos também promovem o bem-estar das comunidades tradicionais, integrando a conservação com o manejo sustentável e gerando impactos positivos, tanto socioeconômicos quanto ambientais.
Aceleração de soluções financeiras e políticas públicas
O estudo enfatiza a necessidade de estruturar mecanismos financeiros e políticas públicas que viabilizem a restauração florestal de maneira efetiva. “Buscamos soluções integradas que preservem a Amazônia e gerem desenvolvimento sustentável e resiliente para a região”, detalha Rubens.
Saiba mais
A publicação completa está disponível para consulta e traz insights detalhados sobre como iniciativas de restauração e bioeconomia podem transformar o cenário amazônico, promovendo não apenas a recuperação ambiental, mas também oportunidades econômicas e melhoria na qualidade de vida das comunidades locais.
Interação
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Fonte: Aliança pela Restauração da Amazônia e The Nature Conservancy (TNC) Brasil