Carlos Massa Ratinho Junior pede apoio federal para resolver invasões de terras por indígenas e garantir a segurança na região
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, enviou um ofício ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira (31), solicitando uma atuação mais célere e definitiva da União para lidar com as invasões de terras por grupos indígenas no Oeste do Estado. O documento reforça a necessidade de uma resposta dos ministérios da Justiça, Desenvolvimento Agrário e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para resolver os conflitos que têm gerado insegurança entre agricultores e comunidades indígenas, especialmente em Guaíra e Terra Roxa.
Ações de Segurança e Reforço Policial
Para garantir a segurança na região, o governador determinou o reforço do policiamento estadual, com a atuação de unidades especializadas, como o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e o Batalhão de Polícia Militar da Fronteira (BPFron), além de patrulhamento aéreo. Contudo, como as invasões envolvem povos indígenas, a responsabilidade sobre as reintegrações de posse cabe ao governo federal e ao Poder Judiciário, o que limita a atuação dos agentes estaduais.
Ratinho Junior também se reuniu com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para discutir soluções imediatas e alternativas que possam pacificar a região. Entre as propostas, está a autorização para que as forças de segurança estadual possam colaborar diretamente em operações federais e reintegrações de posse.
Proposta de Reassentamento para Resolver Conflito
Uma das medidas sugeridas pelo governador é o reassentamento dos indígenas em uma área de aproximadamente 40 mil hectares na região de Ilha Grande. A ideia visa atender às demandas dos indígenas por território, ao mesmo tempo em que preserva os direitos de propriedade dos agricultores, buscando uma solução que respeite os direitos de ambas as partes.
Escalada de Violência e Urgência de Solução
A situação no Oeste do Paraná tem sido marcada por uma série de episódios violentos. Em julho, um agricultor foi hospitalizado após ser atacado por um grupo de indígenas em Guaíra. Em agosto, indígenas ficaram feridos em outro confronto, e em setembro, um oficial da Força Nacional foi agredido e teve seu fuzil roubado em Terra Roxa. Esses eventos reforçam a urgência de uma resposta para evitar que novos conflitos acabem em tragédia.
Ratinho Junior destacou que, embora a questão fundiária esteja em análise no STF, é essencial que o poder público federal tome medidas imediatas para garantir a segurança da população local e evitar mais episódios de violência. “Não podemos perder tempo ou fechar os olhos para essa situação, sob risco de assistir a uma tragédia. É momento de buscar uma resolução pacífica e reforçar o pacto civilizatório”, afirmou o governador.
Fonte: Agência Estadual de Notícias (AEN)