O Governo do Estado vai destinar, ao longo deste ano, R$ 80,6 milhões no financiamento de projetos de pesquisa e extensão. Os recursos foram anunciados nesta segunda-feira (26) pelo governador Beto Richa, durante solenidade no Palácio Iguaçu, e serão investidos em programas de extensão das sete universidades estaduais e em projetos de pesquisa financiados pela Fundação Araucária.
Richa destacou que os investimentos nas áreas de ciência, tecnologia e inovação contribuem com o desenvolvimento do Estado. “Os investimentos que acontecem nas nossas universidades irão refletir no futuro do Paraná. Buscamos cada vez mais qualidade no ensino superior”, afirmou. “As universidades estaduais são o orgulho do Paraná”, disse.
O governador também ressaltou a ampliação do orçamento das instituições de ensino superior do Estado e o grande número de alunos que elas abrigam. “O Paraná tem seis vezes mais estudantes que o Rio Grande do Sul e Santa Catarina juntos. Por isso ampliamos o orçamento destas instituições. Quando assumi o governo, o investimento nas estaduais era de R$ 800 milhões. O orçamento hoje passa de R$ 3 bilhões”, ressaltou.
EXTENSÃO – Parte dos recursos será investida na execução de 135 projetos de extensão nas universidades estaduais, com a oferta de 904 bolsas-auxílio para docentes, estudantes e profissionais recém-graduados. Serão destinados R$ 16,1 milhões para atividades dos Programas Universidade Sem Fronteiras, Núcleo de Estudos e Defesa de Direitos da Infância e da Juventude (NEDDIJ), Núcleo Maria da Penha (Numape), Patronato e Bom Negócio Paraná. Os projetos irão atingir cerca de 320 municípios paranaenses.
O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, afirmou que o Governo do Estado prioriza o avanço da área. “Temos excelentes pesquisadores no Paraná e esses recursos viabilizam a realização de novos projetos científicos que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico do nosso Estado”, afirmou.
Para Carlos Luciano Vargas, presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp) e reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), os projetos de extensão contribuem com a formação dos estudantes e trazem um retorno à comunidade. “Há um grande impacto social, pois os estudantes e professores prestam um atendimento à comunidade. É um braço do governo e das universidades que voltam para a população como benefícios qualificados”, disse.
CHAMADAS PÚBLICAS – A Fundação Araucária recebeu a autorização para o lançamento de 23 chamadas públicas que envolvem investimentos em projetos, eventos e até 2,9 mil bolsas de estudos. Nos programas financiados pela Fundação Araucária serão investidos cerca de R$ 64,4 milhões, sendo R$ 41,6 milhões do Governo do Estado – por meio da fundação, do Tecpar e da Sanepar – e R$ 23,4 milhões investidos por instituições parceiras.
O presidente da Fundação Araucária, Paulo Brofman, afirmou que o investimento em ciência e inovação traz um importante retorno para o Estado. “Esses investimentos comprovam que a parceria entre a academia, o setor produtivo e as agências de fomento fazem com que a comunidade científica cumpra com o seu papel, que é o de realizar ações e iniciativas que sejam revertidas ao benefício da população brasileira”, disse.
Os editais incluem desde bolsas de estudos para graduação, pós-graduação até bolsas de estudos que contam com parcerias internacionais, federais e privadas. Desde 2011, a Fundação Araucária investiu cerca de R$ 400 milhões em 4 mil projetos e em cerca 20 mil bolsas de estudo.
UNIVERSIDADE SEM FRONTEIRAS – O Programa Universidades Sem Fronteiras está entre os maiores programas de extensão universitária, em investimento financeiro e de capital humano. Ele é voltado para o desenvolvimento dos municípios com menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado. Com os recursos anunciados nesta segunda-feira, serão executados 85 projetos voltados para o desenvolvimento da pesquisa, capacitação e da produção tecnológica.
“Por meio da extensão universitária é possível capacitar o estudante, colocá-lo na prática de atividades relacionadas à sua formação e beneficiando toda uma comunidade, transformando-se em um braço importante do Estado pra quem realmente precisa ser assistido”, disse o coordenador da Unidade Gestora do Fundo Paraná, Luiz Cézar Kawano.
OUTROS PROGRAMAS – Também serão realizados 14 projetos do Programa Bom Negócio, em parceria com a Fomento Paraná, com o objetivo de capacitar pequenos empreendedores em gestão empresarial. A proposta contribui para a geração de emprego e renda, visando o desenvolvimento dos municípios de populações vulneráveis.
Os recursos aplicados nos projetos de extensão universidades beneficiam toda a comunidade acadêmica e a população atendida pelos programas, enfatizou a coordenadora do Programa Universidade Sem Fronteiras, Sandra Ferreira. “O sucesso dos programas se dá, principalmente, em razão da qualidade dos projetos desenvolvidos e do comprometimento das equipes executoras”, disse,
Os recursos investidos nas ações desenvolvidas pelo Núcleo Maria da Penha (Numape) foram ampliados neste ano e serão utilizados na execução de dez projetos das universidades estaduais. O núcleo tem o objetivo de oferecer assistência jurídica e psicológica à mulher em situação de violência doméstica.
O investimento do Governo do Estado também será destinado a dez projetos do Núcleo de Estudos e Defesa de Direitos da Infância e da Juventude (NEDDIJ), que atuam atua no atendimento jurídico para crianças e adolescentes em situação de risco. Eles serão desenvolvidos em parceria com o Ministério Público do Paraná e com a Secretaria de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos.
As universidades estaduais conseguirão, ainda, desenvolver as ações do Programa de Municipalização da Execução Penal em Meio Aberto (Patronato). São 16 projetos que têm por objetivo a promoção de ações de inclusão social através do monitoramento, fiscalização e acompanhamento do cumprimento de penas e medidas alternativas. O projeto também visa aos assistidos acesso à rede de assistência oferecida pelas entidades governamentais e não governamentais, inserção ou reinserção nos processos de educação formal e de qualificação profissional.
FONTE: AEN-PR