Casos de doenças respiratórias graves aumentam após volta às aulas

Fiocruz alerta para alta de SRAG em crianças e circulação do vírus sincicial respiratório

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuam em alta entre crianças e adolescentes de até 14 anos após o retorno às aulas em diversas regiões do país. Segundo o Boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (20) pela Fiocruz, o aumento foi registrado no Distrito Federal e nos estados de Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.

A SRAG ocorre quando uma síndrome gripal evolui para um quadro mais grave, afetando a função respiratória e, na maioria dos casos, exigindo hospitalização. Especialistas apontam que a permanência dos alunos em ambientes fechados facilita a transmissão de vírus respiratórios.

O boletim também destaca um aumento de infecções pelo vírus sincicial respiratório (VSR) no Distrito Federal e em Goiás, principalmente entre bebês de até dois anos. Embora o VSR seja mais comum no inverno, já foram registrados mais de 460 casos de SRAG associados a esse vírus em 2025, com 16 mortes.

Covid-19 segue como principal causa de óbitos

A covid-19 continua sendo a infecção viral mais letal no Brasil. Das mais de 1 mil mortes por SRAG registradas este ano, 81% foram causadas pelo coronavírus, afetando, principalmente, idosos.

Além disso, Mato Grosso, Roraima, Sergipe e Tocantins apresentaram aumento nos casos de SRAG com sinais característicos de covid-19, sendo que, no Tocantins, o crescimento foi mais expressivo entre jovens e adultos.

Sete estados e o Distrito Federal estão em nível de alerta ou risco para doenças respiratórias graves, independentemente da causa: Amazonas, Goiás, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.

Fonte: Agência Brasil