Retrospectiva 2024: Brasil brilha nos Jogos Paralímpicos de Paris com recorde de medalhas

Gabrielzinho e Carol Santiago lideram o país na melhor campanha paralímpica da história.

O ano de 2024 ficará marcado como um dos mais importantes para o esporte paralímpico brasileiro. Nos Jogos Paralímpicos de Paris, o Brasil alcançou sua melhor campanha na história, conquistando 25 medalhas de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, totalizando 89 pódios. O desempenho garantiu ao país a quinta posição no quadro geral de medalhas, um feito inédito.

Entre os destaques individuais, Gabriel Araújo, conhecido como “Gabrielzinho”, e Carol Santiago roubaram a cena. O nadador mineiro brilhou com três ouros na classe S2, enquanto a pernambucana se tornou a mulher brasileira com mais ouros paralímpicos da história, somando seis conquistas. Ambos foram eleitos os melhores atletas do ano no Prêmio Paralímpicos.

Heróis em Paris: Gabrielzinho e Carol Santiago fazem história

Gabrielzinho, apelidado de “Pelé das Piscinas” pela imprensa francesa, venceu as provas de 50m e 100m costas, além dos 200m livre, conquistando a admiração do público na Arena La Defense, em Nanterre. Já Carol Santiago, que compete na classe S12 (baixa visão), somou cinco medalhas em Paris: três ouros (50m e 100m livre, e 100m costas) e duas pratas.

Outros nadadores também brilharam. Talisson Glock conquistou ouro nos 400m livre da classe S6, enquanto o país celebrou a estreia no pódio de novas modalidades, como o bronze de Vitor Tavares no parabadminton (classe SH6) e a prata de Ronan Cordeiro no triatlo (classe PTS5).

Esportes coletivos e novos destaques

Nos esportes coletivos, o Brasil garantiu medalhas de bronze no futebol de cegos e no goalball masculino. Apesar de algumas frustrações, como a ausência do vôlei sentado feminino no pódio, o país viu novos nomes se destacarem. Jady Malavazzi, por exemplo, se tornou a primeira brasileira campeã mundial de ciclismo na categoria handbike, poucos dias após competir em Paris.

Reconhecimento e avanços no esporte paralímpico

O programa Bolsa Atleta, que apoia quase 100% dos competidores paralímpicos brasileiros, foi ampliado em 2024 para incluir modalidades dos Jogos Surdolímpicos e os auxiliares de atletas, como guias e calheiros. Isso reforça o compromisso do Brasil com o crescimento do esporte adaptado.

Um ano de conquistas e despedidas

Apesar dos grandes feitos, o ano teve momentos de tristeza, como o falecimento de Joana Neves, a “Joaninha”, medalhista paralímpica e campeã mundial de natação. A atleta potiguar foi homenageada no Prêmio Paralímpicos, deixando um legado de inspiração para o esporte nacional.

O desempenho em Paris não apenas consolidou o Brasil como uma potência paralímpica, mas também reforçou o impacto transformador do esporte na inclusão e no protagonismo de atletas com deficiência.

Fonte: Agência Brasil