Governo estuda reduzir tarifa de importação para baratear alimentos

Medida busca alinhar preços ao mercado internacional e estimular a produção agrícola no Brasil

O governo federal avalia reduzir o Imposto de Importação de alimentos como forma de combater a alta nos preços no mercado interno. A medida foi anunciada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizada nesta sexta-feira (24), no Palácio do Planalto. Segundo Costa, a ideia é criar uma paridade entre os preços nacionais e internacionais, ajudando a tornar o mercado interno mais competitivo.

“O preço é formado pelo mercado. Se reduzirmos o custo de importação, os fatores econômicos vão tornar esses produtos mais baratos, equilibrando os preços internos ao nível internacional”, explicou o ministro.

Medidas anteriores e expectativas de safra recorde

Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, lembrou que, no ano passado, o governo já adotou uma medida semelhante ao zerar a tarifa de importação de arroz para conter a alta de preços e garantir o abastecimento após enchentes no Rio Grande do Sul. Ele destacou que, atualmente, o cenário de produção agrícola é mais favorável, com expectativa de safra recorde de grãos em 2025, segundo a Conab, com aumento de 8% a 10%.

“A produção de arroz, por exemplo, deve crescer de 12% a 13% em relação ao ano passado, o que já resultou em uma redução dos preços. Ainda que não tenhamos alcançado os níveis ideais, estamos no caminho para melhorar a acessibilidade”, apontou Fávaro.

Foco no estímulo à produção local

Apesar da possibilidade de redução da tarifa de importação, o governo enfatizou que o principal objetivo é estimular a produção local. Segundo Rui Costa, não estão nos planos medidas intervencionistas, como subsídios, congelamento de preços ou tabelamento. O foco será o aprimoramento de políticas públicas já existentes para fortalecer o setor agrícola e ampliar a oferta de alimentos acessíveis.

Redução de taxas nos vales-alimentação

Outra frente anunciada é a análise de medidas para reduzir os custos de intermediação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Segundo Costa, o Ministério da Fazenda está estudando formas de diminuir ou até zerar as taxas cobradas nos vales-refeição e alimentação, que atualmente podem consumir até 10% do benefício.

“Se conseguirmos que o trabalhador receba 100% do valor do vale, sem taxas, isso vai melhorar o poder aquisitivo de 22 milhões de pessoas, impactando diretamente na economia e no acesso a alimentos”, afirmou o ministro.

Engajamento
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Fonte: Agência Brasil