Assim que o sol se recolhe, as lâmpadas e luminárias ficam com a responsabilidade de nos proporcionar iluminação nas mais diversas formas como já vimos em um de nossos artigos sobre luminárias. E para isto as Lâmpadas incandescentes foram nossas parceiras por muitos anos até serem proibidas em 2016 devido ao seu alto consumo de energia. Juntamente com a sua saída do mercado algumas sucessoras foram ganhando espaço e as mais comuns para residências são as halógenas, fluorescentes e LED.
Antes de mais nada segue um resumo sobre cada uma delas:
Incandescentes: Esquentam muito durante a produção de luz devido a “incandescência”, que é o processo de emissão de radiação eletromagnética visível (luz) por um corpo sob alta temperatura. Assim boa parte do seu consumo se torna calor e não iluminação, o que explica seu alto consumo de energia e a sua baixa vida útil comparada às suas sucessoras.
Halógenas: O seu processo de iluminação é semelhante ao da incandescente, porém devido a um gás halógeno ela esquenta um pouco menos, reduzindo o gasto de energia em até 30%, tornando sua vida útil um pouco maior. Comparada a uma incandescente de 60W, a halógena corresponde em iluminação consumindo cerca de 42W.
Fluorescentes: Esta lâmpada converte energia elétrica em luz ultravioleta e em seguida é transformada em luz visível devido a um material à base de fósforo na parte interna do vidro. Também gastam boa parte da energia que consomem gerando calor e alimentando o reator que as mantém acesas. Porém o aquecimento é bem inferior ao da incandescência, reduzindo seu o consumo em até 80%. Comparada a uma incandescente de 60W, a fluorescente corresponde em iluminação consumindo cerca de 12W. Uma preocupação é com o seu descarte incorreto, pois sua composição contem mercúrio e gases prejudiciais ao meio ambiente.
LED: É um componente eletrônico que possui um “diodo emissor de luz”, tradução do inglês “Light Emitting Diode”, que produz luz quando energizado. As lâmpadas LED não possuem filamento, fazendo com que elas durem mais por não produzirem tanto calor e sejam bem mais econômicas, com redução do consumo de até 95%. Comparada a uma incandescente de 60W, as lâmpadas em LED correspondem em iluminação consumindo cerca de 6W.
A comparação geralmente é feita pelo consumo em Watts (W) que é a sua potência, portanto o quanto que ela gasta de energia, o que acaba levando as pessoas a pensar que é a quantidade de emissão de luz. Outro engano comum é supor que quanto mais branca a luz, mais clara ela vai ser. O efeito das cores brancas e amarelas é medido pela escala Kelvin (K) e essa graduação de temperatura apenas proporciona harmonia para os ambientes e nos auxilia a criar efeitos decorativos.
A escala que realmente diz respeito a iluminação é o Lúmen (lm), que é a quantidade de luz emitida por uma lâmpada em todas as direções, que denominamos fluxo luminoso, ou seja, o quanto uma lâmpada ilumina um ambiente. Quanto maior esse número, mais luz a lâmpada emite.
Apesar da potência (W) e a iluminação (lm) serem informações distintas, elas estão atreladas quando o assunto é iluminação. Uma boa lâmpada ilumina bem consumindo pouca energia, ou seja, terá uma alta taxa de lúmens e um baixo valor de watts. Portanto, a unidade que mede sua eficiência luminosa (Lux), ou rendimento luminoso, é expresso em lm/w, que significa, lúmens/watts. Esse valor indica quantos lúmens uma lâmpada produz para cada watt de energia que ela consome, ou seja, quanto maior o valor do Lux, melhor a iluminação e menor o gasto com energia.
Para descobrir a quantidade de lúmens ideal para seu ambiente é só multiplicar a área pela quantidade de Lux da tabela. Aí é só ver quantas lâmpadas serão necessárias:
Tabela Iluminância por atividade – NBR 5413
Obs. 01: Foram citados 3 valores de Lux. Os valores menores devem ser utilizados apenas em situações onde refletâncias ou contrastes são relativamente altos; a velocidade e/ou precisão não são importantes; a tarefa é executada ocasionalmente.
Obs. 02: Consulte sempre um profissional habilitado para realizar os cálculos precisamente para sua necessidade.
Por exemplo, um quarto de 3 metros de largura por 4 metros de comprimento possui 12m² de área. Então é só multiplicar 12 por 100 lux (que está dentro da faixa de 100 a 200 lux da tabela para este ambiente) e obter o total de 1.200 lúmens. Esta é a quantidade necessária de fluxo luminoso para este quarto. Aí é só verificar na embalagem da lâmpada que você está comprando quantos lúmens ela possui e ir somando até chegar na quantidade necessária. Uma lâmpada de LED de 10W possui cerca de 700 lúmens, assim você precisaria de 2 lâmpadas para o seu quarto e ainda sobraria uma folga. Mas se você só possui 1 ponto de iluminação no quarto não precisa se preocupar, isto pode ser resolvido facilmente com uma luminária de duas lâmpadas. Simples, não é?
E na hora de comprar não se esqueça, observe tanto o valor de lúmens quanto o de watts e escolha aquela que consome menos energia (menor valor de watts), e que tenha uma quantidade de lúmens adequado a sua necessidade.
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Na próxima semana, nós do Bora pra Obra falaremos sobre Construções em madeira. Não percam. Até lá!