Com a chegada do frio, é impossível não se preocupar se a água do banho estará quente o suficiente. Para isso, torna-se indispensável o uso de algum tipo de aquecimento de água. Mas qual deles escolher?
Nós do Bora iremos mostrar de forma simples e direta um pouco sobre os tipos mais comuns de aquecedores disponíveis no mercado brasileiro e qual deles possui uma relação mais sustentável e economicamente viável, já que, em época de crise hídrica, a economia de água é tão ou mais importante que a economia de energia elétrica.
Os principais métodos disponíveis no país são: O ELÉTRICO, O A GÁS E O SOLAR. Apesar de nosso imenso potencial energético solar, o aquecimento da água nos lares brasileiros ainda é dominado pelo chuveiro elétrico, responsável pelo consumo de quase 10% da geração de toda a energia nacional. Este aparelho aumenta a temperatura da água imediatamente, sem praticamente nenhum desperdício, porém gasta boa parte da energia gerada por recursos hídricos. Existem também os aquecedores elétricos centrais que funcionam da mesma forma que os chuveiros, a diferença é que esses são mais potentes, conseguindo aquecer uma quantidade bem maior de água. O principal problema apresentado por esses aquecedores é o elevado consumo de energia elétrica.
Sabemos que, quem mais consome energia elétrica em uma casa é tudo que esquenta: ferro de passar, secadora de roupa, lava-louça, fornos e cafeteiras elétricas e é claro, chuveiros, torneiras elétricas e aquecedores de água centrais, por isso, é prudente conhecer outras alternativas para aquecer a água, ou até mesmo pensar em gerar a própria energia elétrica a ser consumida.
Uma dessas alternativas é o aquecedor a gás de passagem, que usa um recurso natural finito e cerca da metade do volume de gás consumido atualmente no Brasil vem importado da Bolívia. Ele funcionam de forma similar ao sistema elétricos: ao abrirmos o registro, a passagem da água faz acender uma chama, a água fria passa pelo fogo e se aquece. A principal vantagem desse sistema é que ele consegue aquecer água com bastante pressão, o que permite uma vazão de água mais abundante nos dispositivos de saída (chuveiros e torneiras), proporcionando mais conforto ao usuário. Além disso ele pode atender a vários pontos de água ao mesmo tempo, desde que seja devidamente dimensionado para isso.
A terceira alternativa, a termo solar, funciona a partir de placas com fotocélulas que transformam a luz do sol em calor e com isso aquecem a água ao passar pelo sistema. Esta tecnologia vem se tornando cada vez mais barata além de evoluir muito funcionando até mesmo em dias nublados. Mesmo assim, depende da luz solar e não funciona no período noturno sendo assim, os sistemas solares devem incluir sempre um boiler, que nada mais é que uma caixa de armazenagem para água quente, para ser utilizada durante a noite a água que foi previamente aquecida durante o dia, e/ou outro sistema de aquecimento de backup (apoio elétrico), para o caso de você necessitar de uma quantidade de água quente maior que a capacidade do de armazenamento no boiler.
Esse sistema emprega energia limpa, porém encontra restrições por conta do alto valor de instalação do sistema e pouca eficácia em regiões de pouca insolação. Ainda assim, houve um representativo aumento nas vendas nos últimos anos.
Com as opções encontradas no mercado, com as características regionais que observamos e com base no consumo de água que apresenta cada um dos sistemas; podemos observar que a utilização de um sistema híbrido (elétrico + gás ou solar) é sem dúvidas a opção mais econômica para se tomar um banho quente!
Através de estudos realizados, foi possível observar que um dos principais fatores que fazem essa equação pender para o lado do sistema híbrido é a economia no consumo de água, sendo essa uma das commodities mais valiosas nos dias atuais.
Apesar do custo de instalação de um sistema híbrido ser maior do que o de um chuveiro elétrico isoladamente, ele apresenta maiores vantagens com o passar do tempo, pois permite a utilização do chuveiro elétrico nos dias nublados e grande economia de energia nos dias ensolarados.
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DICA 01: RECIRCULAÇÃO DE AGUA
Se você já usou um aquecedor a gás, elétrico central ou solar provavelmente deve ter vivenciado a seguinte situação: após a abertura do registro é necessário um tempo de espera até que a água comece a esquentar gerando um desperdício considerável. Isso ocorre por que ao ficar algumas horas sem uso, a tubulação fica gelada. Quem aquece os tubos é a própria água, que perde calor pelo caminho e chega fria ao chuveiro ou torneira. Só começa a sair quente quando a tubulação já estiver aquecida.
Uma forma de resolver esse problema, é empregar um sistema de recirculação. Funciona assim: mesmo sem estar sendo usada a água, ela continua dando voltas por toda a tubulação existente na casa, assim os tubos permanecem sempre aquecidos. Esse sistema pode ser automatizado com horários de funcionamento pré determinados, por exemplo, a partir das 18:00 hs, que é quando as pessoas geralmente retornam aos seus lares e começam utilizar a água quente com maior intensidade, porém, cabe a você e ao profissional contratado analisar qual a melhor alternativa: esperar que a tubulação esquente gerando um certo desperdício de água, ou manter um sistema de recirculação ativo.
DICA 02: O QUE FAZER PARA SE OBTER UMA BOA PRESSÃO NA ÁGUA?
Os aquecedores centrais e a gás conseguem aquecer e manter uma boa pressão na água, mas para isso é preciso que ela chegue ao sistema com força necessária para garantir o bom funcionamento do conjunto. Por isso temos que decidir de preferência durante o projeto o tipo de aquecedor e como a água chegara até ele.
Há basicamente três maneiras de termos água com mais pressão:
01) Ligando o sistema diretamente a rede pública, sem passar pela caixa d’água. Com a desvantagem de que quando o fornecimento de água da sua rua for interrompido, seu aquecedor não irá funcionar;
02) Instalar sua caixa d’água suficientemente alta (a pressão é proporcional à diferença de altura entre o fundo da caixa d’água e o aquecedor);
03) Instalar uma bomba de pressurização na saída da caixa d’água. A desvantagem nesse caso é que você terá mais um equipamento para fazer manutenção, além de ter um acréscimo na conta de luz.