Como já dizia a sabedoria popular “já não se fazem mais casas como antigamente” e isto é a mais pura verdade, pois com a evolução do mercado imobiliário estes imóveis sofreram diversas alterações ao longo dos anos.
Não é de hoje que os imóveis com área reduzida vêm ganhando espaço nos grandes centros urbanos, e isto já está se tornando uma realidade também no interior, pois devido ao crescimento das cidades estes imóveis podem oferecer praticidade e segurança, além de se adaptarem melhor ao perfil das famílias que estão se tornando cada vez menores. Outro fator relevante é que os jovens têm demorado mais para se casar, e para conseguir a tão esperada independência, os mesmos têm cada vez mais optado por morarem sozinhos.
A escassez de terrenos em áreas nobres, a constante valorização do metro quadrado dos terrenos, e os baixos valores disponibilizados para financiamento pelos programas habitacionais do governo também incentivam a aquisição de imóveis compactos.
Para residências, isto implica em imóveis afastados das áreas centrais e com quintais muitas vezes sem espaço para futuras ampliações. Já no caso dos apartamentos, mesmo com espaço reduzido, há um aproveitamento do investimento em áreas de uso comum do condomínio, tais como salão de festas, churrasqueiras, piscinas, playground, lavanderia, academia entre outros.
Tanto nas residências quanto nos apartamentos a evolução da compacidade incentivou a criação de plantas enxutas, porém cheias de truques para dar uma maior sensação de amplitude, como portas mais largas, integração de sala com a cozinha, redução de áreas de circulação e de corredores, entre outros.
Porém com essa redução de área no caso dos apartamentos, por exemplo, não se deve esperar valores menores para o metro quadrado, pois ao mesmo tempo que as construtoras aumentam a quantidade de apartamentos por andar, há um aumento de áreas molhadas que necessitam de ser impermeabilizadas, o que acabam aumentando o custo do metro quadrado do imóvel. Mesmo assim, o valor absoluto deste imóvel permanece mais baixo comparado com os imóveis de dimensão e localização similares.
Assim, pequenos apartamentos em bairros mais valorizados, próximos de áreas comerciais e de fácil acesso ao transporte público, podem se tornar a solução para pessoas com baixo poder aquisitivo ou que não queiram despender de um alto valor de investimento.
Em condições normais da economia no cenário nacional o retorno do investimento em imóveis compactos geralmente atende aos níveis desejáveis, devido a sua facilidade de compra e venda, boa rentabilidade de aluguel e também a baixos custos de manutenção.
Essa foi mais uma matéria sobre construção civil que o Bora pra Obra preparou para vocês. Na próxima semana falaremos sobre alvenaria estrutural.
Até lá.
Dica do Bora
Saiba como descobrir se há vazamento de água em sua casa
Deixe todos os registros de parede abertos;
Feche bem todas as torneiras;
Desligue os aparelhos que usam água e não utilize os sanitários;
No relógio de água (hidrômetro), anote o número que aparece ou marque a posição do ponteiro maior do seu hidrômetro;
Após 1 hora, verifique se o número mudou ou o ponteiro se movimentou. Se isso aconteceu, há algum vazamento em sua casa.
Canos alimentados diretamente pela rede:
Feche o registro na parede;
Abra uma torneira que seja alimentada pela água da rede e espere a água parar de sair;
Coloque imediatamente um copo cheio de água na boca da torneira;
Caso haja sucção da água do copo pela torneira, é sinal que existe vazamento no cano alimentado diretamente pela rede.
Canos alimentados pela caixa d’água:
Feche todas as torneiras da casa;
Desligue os aparelhos que usam água e não utilize os sanitários;
Feche bem a torneira de boia da caixa, impedindo a entrada de água;
Marque, na própria caixa, o nível da água;
Verifique, após uma hora, se ele baixou. Em caso afirmativo, há vazamento na canalização ou nos sanitários alimentados pela caixa d’água.
Vaso Sanitário:
Jogue borra de café no vaso sanitário;
Se não há vazamento, a borra de café deve ficar depositada no fundo do vaso;
Caso contrário, é sinal de vazamento na válvula ou na caixa de descarga;
Nas bacias cuja saída da descarga for para trás (direção da parede), deve-se fazer o teste esgotando-se a água. Se a bacia voltar a acumular água, há vazamento na válvula ou na caixa de descarga.