Cianortenses celebram Corpus Christi com Missa Campal

A missa de Corpus Christi foi presidida pelo Bispo Diocesano Dom Frei João Mamede Filho e concelebrada pelos padres do Decanato de Cianorte
A missa de Corpus Christi foi presidida pelo Bispo Diocesano Dom Frei João Mamede Filho e concelebrada pelos padres do Decanato de Cianorte

Os fiéis iniciaram a manhã com peregrinação até o Santuário Eucarístico Diocesano Nossa Senhora de Fátima

Católicos de todo o mundo celebraram, nesta quinta-feira (26), a festa de Corpus Christi, que tem como objetivo de louvar o mistério da Eucaristia, que é o sacramento do corpo e sangue de Jesus Cristo. Em Cianorte, a data foi comemorada com uma Missa Campal em frente ao Santuário Eucarístico Diocesano Nossa Senhora de Fátima.

O evento reuniu fiéis de todas as paróquias do Decanato de Cianorte, que logo no início da manhã saíram em procissões com cantos e orações em direção ao Santuário, onde as 09 horas teve início a celebração presidida pelo Bispo Diocesano Dom Frei João Mamede Filho e concelebrada pelos padres do Decanato.

Durante a celebração a primeira leitura trouxe do Livro do Gênesis, a primeira “semente” do que seria o sacramento eucarístico, citando quando Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho e abençoou a Abraão em nome de Deus, apresentando aos fiéis aquela que seria a “semente” da eucaristia.

Em seguida, a segunda leitura com a Carta de São Paulo a Coríntios remeteu a Santa Ceia, quando Cristo institui a eucaristia em sua memória através da benção do pão e do vinho. Por fim a leitura do Evangelho de São Lucas apresentou o milagre da multiplicação dos pães e peixes.

Em sua homilia Dom João ressaltou as leituras destacando como o prenúncio do que seria a Eucaristia instituída por Cristo já se apresentava nos primórdios do tempo com Melquisedeque e Abraão e a o significado que o pão e vinho tomaram ao serem transmutado em corpo e sangue em memória de Cristo que se entregou a morte em Paixão a humanidade.

O Bispo também destacou o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes como o momento em que Cristo transformou o povo em comunidade. Dom João também destacou que os cristãos precisam diminuir o ritmo e perceber a Graça de Deus que está em todas as coisas, seja nas árvores, nas flores, sejam nos pássaros que voam nos céus. “Todos os seres tem em seu âmago a maravilhosa chama da vida criada por Deus e, muitas vezes, não nos damos conta de quanto as coisas simples podem ser maravilhosas e cheia de Graça.”, ressaltou.

Por fim a celebração contou com o Santíssimo Sacramento saindo em meio ao povo, sendo destacado por Dom João, que a Festa de Corpus Christi representa o momento em que Cristo sai as ruas e se aproxima ainda mais do povo, chamando-os para viver na fé. Assim, o Santíssimo Sacramento, permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

Este ano, em virtude da celebração reunir todo o Decanato, não foram confeccionados os tradicionais tapetes, uma vez que a procissão foi realizada através da peregrinação dos fiéis de suas paróquias até o Santuário Eucarístico.

ORIGEM DA CELEBRAÇÃO

A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.

Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.

A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.

Texto: Juliano Secolo  Fotos: Luiz Antônio Barbosa

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