Recentemente ouvi no rádio, uma pesquisa em que jovens de classe menos favorecidas, estão cada vez mais utilizando tênis de marcas famosas e caras. E também outros itens como celulares de última geração, que até há algum tempo atrás, eram itens consumidos somente pela classe média e alta.
O que se destaca nesta pesquisa, não é o aumento da renda desses jovens. Mas sim, que estão utilizando toda sua renda para comprar esses itens que consideram primordial para sua inclusão social. Consideram ao terem um tênis da marca Nike, que custa R$ 900 serão facilmente aceitos entre seus amigos.
A cientista social Paula Nascimento da Silva pesquisou esse tema em seu mestrado e entrevistou vários jovens da periferia perguntando o que fariam se ganhassem R$500. Alguns responderam que ajudariam a família, mas predominaram gastos com a aparência.Para esses jovens que geralmente não possuem uma instrução adequada, costuma-se trabalhar em locais temporários ou de bicos para terem uma renda. E muitas vezes são explorados por traficantes ou trabalho escravo para conseguirem dinheiro e comprar seus adereços. Consequentemente, verifica-se que há um aumento da criminalidade entre esses jovens. Fica constatado que estão fazendo tudo para conseguirem recursos para manter sua aparência de forma aceitável.
O que me preocupa diante de tudo isto, é a supervalorização de coisas. As pessoas estão em um ritmo intenso de trabalho para conseguirem comprar coisas e muitas vezes a família tem sofrido com isso. Pessoas estão amando coisas e usando pessoas. O correto é usar coisas e amar pessoas. Quando supervalorizamos algo, ao perder este algo, nossa vida passa a não ter mais sentido. Agora pessoas, podem fazer uma grande diferença em nossa vida. Experimente hoje amar mais sua família, amar seus amigos e seus colegas de trabalho. Você será muito mais feliz.
Pense nisso e tenha um bom dia.
Israel Santos
Seja o primeiro a comentar