Falta foco nos bastidores do time ou falta o que fazer?

leao-comecoATUALIZADO – Mais uma vez o Cianorte FC quase chegou. Por apenas um ponto o Leão do Vale não se classificou para a segunda fase do Paranaense 2014 e agora vai disputar um quadrangular entre os quatro últimos colocados que definirá dois rebaixados para 2015.

A crise rondou o time. Um aspecto que vale refletir é o número de jogadores lesionados. O que fez com que atletas fossem substituídos ainda no primeiro tempo e obrigou o técnico Ronaldo Bagé a improvisar na escalação. E, se alguém quiser encontrar algum culpado, como já houve comentários na internet, vale dizer que Bagé, os jogadores, a torcida e a imprensa não são culpados de nada. Cada um fez a sua parte superando as dificuldades.

Esse ano foi diferente para o time cianortense. Um impasse sobre mudança na diretoria fez o time começar a treinar mais tarde que o habitual. Outra ação incomum foi montar o time no decorrer da competição. E contratar com urgência devido aos problemas de contusões.

Mas, um aspecto que não apareceu foi a fata de foco do lado de dentro. Um dos diretores cobrou um membro da imprensa sobre divulgação de escalação. E um da comissão técnica discutiu e ofendeu membro da imprensa por ter criticado um jogador durante uma partida. O que toda a torcida fazia quando ele pegava na bola.

Não precisa nem dizer que não é função do tal diretor e da comissão técnica. Ainda mais em público. A Folha de Cianorte optou por não divulgar a escalação antes do jogo. Mas defendemos aqui o direito da imprensa fazer isso. Mesmo porque o profissional acompanha os treinos e pode fazer isso como é feito em qualquer cidade. No segundo caso, o membro da comissão técnica nem deveria estar onde aconteceu a discussão. Ou seja, o time quase em crise e parte da diretoria e comissão técnica em conflito com a imprensa que foi uma das que mais ajudaram o time. Ninguém reclama ou agradece quando esse profissional ofendido divulga o time com seu trabalho que é publicado em outras cidades. Do nosso lado, a Folha de Cianorte, POR CONTA PRÓPRIA, desde antes do início da competição, incentivou a torcida a ir ao estádio Albino Turbay. Entrevistamos o técnico Bagé, jogadores e diretoria. E até demos destaque várias vezes no site e na capa do jornal (imagem abaixo). O que aconteceu em outros veículos também.

Não adianta a nova presidência – cheia de novas ideias – atuar paralelamente a hábitos antigos da diretoria e comissão técnica nos bastidores atrapalhando o próprio time. A falta de respeito (e, às vezes, até arrogância) nesses dois casos citados aqui envolvendo membros da diretoria e comissão técnica é tamanha que nem se vê um pedido de desculpa depois para os atingidos.

Também vale ressaltar a falta de sintonia com a torcida. Essa sim a verdadeira guerreira. Apesar de pequena, a torcida do Cianorte FC apoia muito o time. Mesmo nos momentos mais difíceis. O cartum de Leandro Franco (imagem acima) ilustra bem essa situação. Mesmo com o time mal, o torcedor está lá apoiando. O Cianorte teve a menor média de público e renda em 2013, perdendo até para os times rebaixados. O time só não tem mais torcida justamente por essa falta de foco e imagem “arranhada”. É incrível como uma cidade com75 mil habitantes, o projeto de sócio torcedor tenha conseguido apenas em torno de 100 adesões.

Damos aqui uma dica: nos próximos jogos, coloque o diretor reclamão e o membro da comissão técnica revoltado na fila da bilheteria vendendo o plano para os torcedores. Assim, resolvem dois problemas: evita conflitos internos e aumenta a torcida. E vai precisar muito disso agora no quadrangular, já que o senso comum é manter o Cianorte na primeira divisão. E a Folha de Cianorte já está fazendo a sua parte.

Texto e fotos: Andye Iore

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