Estamos dentro de uma epidemia, sem saber a origem deste invisível vírus que mudou a vida da humanidade moderna. Com o avanço da tecnologia do ano 2.020, com tantos avanços das pesquisas medicinais, mesmo assim estamos diante do inesperado, uma situação totalmente nova para o ser humano. O que se dirá das pessoas que viveram na Idade Média? A Peste Negra assolou a Europa e a Ásia e teve a duração de dolorosos sete anos, entre o ano de 1.346 a 1.353. Desta vez não foi causada por vírus, mas por uma bactéria, que causava febre de 41 graus, provocava vômitos de sangue, infecções pulmonares, enquanto outros se curavam espontaneamente. Os tumores das virilhas e axilas chegavam a ter o tamanho de uma maçã e se espalhavam pelo corpo.
Acreditavam que a doença era provocada por odores desagradáveis e que provocavam a infecção. Assim faziam grandes fogueiras nas esquinas com plantas aromáticas como o alecrim, a mirra, o âmbar e flores perfumadas. As pessoas carregavam ervas aromáticas com elas por todos os lugares e a máscara era um enorme bico de pássaro, de couro, para evitar os cheiros.
Recomendava-se não comer carne, não fazer sexo, não comer carne, não tirar sonecas durante o dia e, sobretudo era considerada um castigo de Deus, assim a população se autoflagelava, acreditavam que os judeus teriam trazido esta doença para a Europa e alguns eram queimados vivos! Proibido tomar banho porque a água abria os poros para entrar o ar contaminado. Então a sujeira no corpo era visto como algo protetor. Os médicos da época aconselhavam a tomar urina e estrume como remédios! Pela falta absoluta de higiene a epidemia se alastrou. Os corpos aos milhares eram enterrados, aponto de faltar trabalhadores, serviçais para os proprietários de terras e daí só um houve uma coisa boa para quem ficou: os salários aumentaram, porque não havia concorrência mais, pois a taxa de nascimentos também baixou. E o pior, veio: todos acreditavam que o fim do mundo estava chegando e assim muitos se entregavam às orgias e bacanais, já que a vida seria breve mesmo! Tudo isso dentro de cemitérios, fato que fez a Igreja proibir esta prática.
E agora com o COVID, o que faremos? Temos agora uma grande vantagem sobre a Idade Média: os conhecimentos médicos avançaram, sabemos que é um vírus e a pesquisa se dedica em criar uma vacina para imunizar a humanidade. E até chegar a vacina? A humanidade sabe que se tomarmos os cuidados devidos, protegendo com máscaras e usando o álcool e mantendo distância entre as pessoas tem uma grande possibilidade de ficar ilesa ao mal do século 21. Contando o tempo temos uma distância de seis séculos que nos separam na Peste Negra da Era Medieval, ou seja, seiscentos anos se passaram para a humanidade acometer-se de um mal, do qual ainda sabemos a cura e que a Terra toda foi invadida.
Que este mal também não penetre na alma das pessoas, que querem lucrar com epidemia, que não são coerentes o suficiente para se manter a distância necessária. To ser humano é um ponto de contágio, pois também não sabemos se que passou pelo Covid ficará imune para sempre! Que Deus tenha piedade de nós!
Izaura Varella