Os servidores dos Centros de Socioeducação (Censes) e das Casas de Semiliberdade de Curitiba e Região Metropolitana passam desde de junho por uma capacitação que tem como objetivo promover a educação para os direitos humanos e levar aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas atividades que contribuem para a ressocialização.
Participam psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, pedagogos, agentes de segurança socioeducativos e professores. Os profissionais atuam nos Centros de Socioeducação (Censes) Fazenda Rio Grande, Joana Richa, São Francisco e São José dos Pinhais.
As práticas fazem parte do Projeto Cidadanizarte, uma iniciativa do Ministério Público do Paraná, com a parceira da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho. Também são parceiros o Instituto Aurora, Instituto Mais Cidadania e Universisade Federal do Paraná (UFPR).
“O objetivo do Cidadanizarte é promover a educação para a garantia de direitos, estabelecendo um vínculo com os adolescentes e servidores dos Centos de Socioeducação como forma de efetivar a ressocialização”, disse o secretário da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost.
De acordo com a terapeuta ocupacional do Cense Joana Richa Kelys Cristine Pizzatto, a capacitação aborda temas vivenciados no dia a dia dentro das unidades, mas que acabam se perdendo por conta da rotina. “É sempre bom fortalecer práticas restaurativas com os adolescentes e com os profissionais, para que o trabalho de inserção ao convívio social seja cada vez mais frequente”.
O chefe do Departamento de Atendimento Socioeducativo, David Antônio Pancotti, reforçou que, por meio das rodas de conversa, práticas restaurativas e atividades lúdicas, o intuito é despertar nos adolescentes e jovens a percepção de sua condição pessoal e social, assim como sobre as dificuldades e oportunidades na vida.
O PROJETO
O Cidadanizarte – Educação e Cidadania tem o propósito de promover a educação para os direitos humanos ao estabelecer um contato diferenciado com os adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas privativas de liberdade no Paraná.
As ações nos Centros de Socioeducação incluem oficinas de teatro, a discussão de temas como direito à educação, ao esporte e lazer e a profissionalização e a proteção no trabalho”.
Outra etapa consiste no Projeto Eu Vejo Flores, composto por roda de conversa, ensaio fotográfico, cabine sensorial e reflexão final. A partir de pontos abordados na roda de conversa, a instalação itinerante Cinco Vezes Eu apresenta à população o trabalho desenvolvido.
Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná