Iniciativa de repovoamento e preservação ambiental reforça sustentabilidade no Noroeste do Paraná
A segunda fase do projeto Rio Vivo teve início nesta sexta-feira (15), em Mirador, Noroeste do Paraná, com a soltura de 100 mil peixes nativos, entre lambaris e dourados, no Rio Ivaí. A ação faz parte de um esforço estadual para conservar as bacias hidrográficas do Paraná, promovendo a recomposição da ictiofauna, a preservação dos ecossistemas e a melhoria da qualidade das águas.
Repovoamento e metas ambiciosas
Essa etapa do projeto prevê a soltura de 2,626 milhões de peixes até 2026, contemplando também as bacias dos rios Tibagi, Piquiri e Iguaçu. A meta geral é atingir o repovoamento de 10 milhões de peixes, incluindo espécies como traíra, pacu e pintado. Desde o início do programa, entre 2021 e 2022, mais de 2,6 milhões de peixes já foram reinseridos nas águas do Paraná.
Segundo o superintendente-geral de Bacias Hidrográficas e Pesca do Paraná, Francisco Martin, o repovoamento fortalece o equilíbrio ecológico das bacias, contribuindo para a expansão de espécies nativas essenciais ao ecossistema. “O Rio Vivo é o maior trabalho de repovoamento de peixes da história do Paraná, reforçando a sustentabilidade e o reconhecimento das nossas vocações hídricas”, destacou.
Ação integrada para sustentabilidade e turismo
Além de promover a conservação ambiental, o projeto Rio Vivo integra atividades de educação ambiental, como plantio de mudas em áreas de mata ciliar, limpeza de rios e mobilização das comunidades ribeirinhas. Durante o evento, o secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, ressaltou que a iniciativa une conservação da natureza, recuperação ambiental e melhorias na qualidade de vida da população local.
A abertura do 23º Rally Fluvial SOS Rio Ivaí também foi um destaque. A corrida ambiental percorre 200 km entre São Carlos do Ivaí e o distrito de Porto Camargo, em Icaraíma, promovendo a coleta de lixo ao longo do trajeto e atraindo turistas e pescadores. Segundo o secretário de Turismo, Márcio Nunes, ações como essa impulsionam o turismo sustentável na região.
Impacto no turismo e economia local
O projeto também tem transformado a vida de moradores da região, como o guia de pesca Marcelo Marin, que trocou o trabalho em uma usina para se dedicar ao turismo de pesca esportiva no Rio Ivaí. “Hoje trabalho com o que amo e não me arrependo. Isso é minha vida”, afirmou Marin.
Com investimentos no asfaltamento de acessos aos pontos de pesca e outras melhorias na infraestrutura local, o governo estadual busca fomentar o turismo sustentável e fortalecer a economia da região Noroeste.
Sustentabilidade no foco do Paraná
O Rio Vivo é coordenado pela Superintendência Geral de Bacias Hidrográficas e Pesca (SBHP), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). A iniciativa, que recebeu um investimento de R$ 557,8 mil nesta nova fase, posiciona o Paraná como referência em conservação ambiental e desenvolvimento sustentável.
Fonte: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest)