Nova lei garante monitoramento contínuo gratuito pelo SUS e pode pôr fim às “furadinhas de dedo”
O governo do Paraná vai regulamentar e implementar a Lei Estadual 22.331/2024, que assegura o monitoramento digital e contínuo da glicemia em crianças e adolescentes de 4 a 17 anos diagnosticados com diabetes mellitus. A medida foi confirmada pelo deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) após reunião com o secretário de Saúde, Beto Preto, nesta quinta-feira (26).
Tecnologia a favor da saúde infantil
Segundo o deputado, a iniciativa garante acesso gratuito aos sensores de controle glicêmico e aparelhos de medição digital para os pacientes atendidos pelo SUS, desde que comprovem hipossuficiência e apresentem laudo médico. A nova legislação substitui o método tradicional — e doloroso — das até 15 picadas diárias nos dedos, promovendo mais conforto e segurança para as famílias.
“É um direito das crianças e dos jovens com diabetes ter condições de medir a glicemia com dignidade e segurança”, afirmou Romanelli. “Vamos acabar com aquelas intermináveis furadinhas de dedo. A tecnologia vai melhorar a qualidade de vida de todos.”
1,2 milhão convivem com a doença no Paraná
A Associação Paranaense do Diabético estima que mais de 1,2 milhão de pessoas vivam com a doença no estado. Muitas ainda não têm diagnóstico. A regulamentação da lei chega em meio ao “Dia Nacional do Diabetes”, e representa um avanço no enfrentamento de uma das principais causas de mortalidade prematura no Paraná entre adultos de 30 a 69 anos, segundo dados do Ministério da Saúde (2018–2022).
Conquista das “mães pâncreas”
Romanelli destacou o papel das famílias, especialmente das chamadas “mães pâncreas”, que se dedicam integralmente ao cuidado dos filhos diabéticos. “É um reconhecimento à luta dessas mães que enfrentam com coragem os desafios diários. Agora, poderão acompanhar a glicemia dos filhos com mais tranquilidade.”
Próximos passos
A regulamentação da lei será detalhada nos próximos dias pela Secretaria de Estado da Saúde e pela Casa Civil. A expectativa é que os aparelhos comecem a ser distribuídos ainda em 2025, priorizando pacientes com maior vulnerabilidade.
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Fonte: Assessoria Parlamentar – Deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD)