
Um estudo recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 69% das indústrias brasileiras já utilizam alguma forma de tecnologia digital em seus processos. Apesar do avanço, especialistas alertam que boa parte dessas empresas ainda está em estágios iniciais de adoção, com baixa integração e aproveitamento limitado dos dados coletados.
A pesquisa, apoiada por levantamentos da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), aponta que os principais entraves para o pleno desenvolvimento da Indústria 4.0 no país são o alto custo de implementação e a falta de mão de obra qualificada. Outros desafios incluem a necessidade de investimentos contínuos, a pressão por produzir em massa com personalização e os impactos das mudanças climáticas.
“A Indústria 4.0 oferece um diferencial competitivo inegável, pois permite decisões mais rápidas e precisas por meio de sensores, armazenamento e análise de dados. No entanto, a maioria das empresas ainda não está preparada para adotar essas soluções de forma integrada”, explica Caio Senatore, diretor de Tecnologia da Mouts TI.
Jornada gradual rumo à maturidade
O Índice Acatech, referência internacional, divide a jornada da Indústria 4.0 em seis etapas de maturidade:
- Informatização: uso de computadores em operações isoladas.
- Conectividade: integração de dados entre sistemas.
- Visibilidade: monitoramento de dados em tempo real via IoT.
- Transparência: análise colaborativa e integrada desses dados.
- Capacidade preditiva: simulação de cenários para prever falhas e antecipar soluções.
- Adaptabilidade: processos que se ajustam automaticamente com base em dados em tempo real.
Cada empresa segue seu próprio caminho, mas os desafios se repetem: controle de matéria-prima, rastreabilidade, performance de equipamentos, manutenção, qualidade e sustentabilidade.
Tecnologia que gera valor
Além das barreiras técnicas, o fator humano e o gerenciamento de processos são cruciais para o sucesso. “Investir em treinamento e qualificação da equipe é tão importante quanto a aquisição de novas ferramentas. Somente com pessoas preparadas e processos bem estruturados é possível extrair o máximo da tecnologia”, reforça Senatore.
A Mouts TI, por exemplo, oferece soluções personalizadas para cada etapa dessa jornada, desde a automação industrial até a gestão inteligente de dados, auxiliando companhias a superar desafios de custo e falta de mão de obra especializada.
“A Indústria 4.0 é o futuro. Quem não se adaptar e evoluir continuamente vai perder competitividade. Isso exige planejamento, investimentos e, principalmente, foco na qualificação das equipes”, finaliza o diretor de Tecnologia.
Com decisões mais ágeis, processos otimizados e maior competitividade, a adoção da Indústria 4.0 desponta como um passo essencial para o fortalecimento do setor industrial brasileiro — e, apesar dos obstáculos, evidencia-se cada vez mais como um caminho sem volta para empresas que desejam se manter relevantes no mercado global.