
Banco Central já havia sinalizado alta de 1 ponto percentual em janeiro
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide nesta quarta-feira (19) o novo patamar da taxa Selic. A expectativa do mercado é de que os juros básicos subam 1 ponto percentual, passando de 13,25% para 14,25% ao ano, conforme indicado na última reunião do comitê.
Essa pode ser a quinta elevação consecutiva da Selic, impulsionada pela pressão inflacionária dos alimentos e da energia. Segundo o boletim Focus, que reúne previsões do mercado financeiro, a inflação projetada para 2025 é de 5,66%, acima do teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Inflação e impacto na economia
O Copom alertou que o cenário de inflação segue adverso no curto prazo. Se a tendência se mantiver, os preços elevados devem continuar pressionando o custo de vida nos próximos meses. A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para conter a inflação, já que juros mais altos desestimulam o consumo e o crédito, reduzindo a demanda e, consequentemente, os preços.
No entanto, a elevação da taxa básica também pode desacelerar a economia, encarecendo empréstimos e financiamentos para empresas e consumidores. Apesar disso, o Banco Central já havia indicado em janeiro que manteria uma postura mais rígida na política monetária para garantir o controle inflacionário.
Próximos passos do Copom
O comitê se reúne a cada 45 dias para avaliar o cenário econômico e definir a Selic. A partir deste mês, a meta de inflação passou a ser contínua, ou seja, avaliada mensalmente com base na variação dos últimos 12 meses, o que pode influenciar as próximas decisões do Copom.
A nova taxa será anunciada no fim do dia e deve trazer impactos diretos para o mercado financeiro e o custo do crédito no Brasil.
Fonte: Agência Brasil – EBC