Gabrielzinho é eleito melhor atleta paralímpico do ano pelo jornal L’Équipe

Nadador brasileiro se destaca em Paris 2024 com três ouros e é reconhecido como “fenômeno da água”.

Gabriel Araújo, conhecido como Gabrielzinho, foi eleito o melhor atleta paralímpico do ano pelo renomado jornal francês L’Équipe. O nadador brasileiro, de 22 anos, brilhou nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, conquistando três medalhas de ouro nas provas de nado costas da classe S2 (50m, 100m e 200m). O prêmio, intitulado Campeões dos Campeões, é um dos mais tradicionais do esporte mundial e, pela primeira vez em sua história, incluiu atletas paralímpicos.

Nascido em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, Gabrielzinho foi um dos destaques das Paralimpíadas, tanto pelo desempenho esportivo quanto pelo carisma. Porta-bandeira da delegação brasileira, ele fez história ao se tornar o primeiro campeão da natação paralímpica do Brasil em Paris, vencendo a prova dos 100m costas de ponta a ponta. Além disso, conquistou os franceses com suas comemorações irreverentes no topo do pódio, onde dançou e brincou, cativando o público da Arena La Défense.

Em entrevista ao L’Équipe, o brasileiro comparou a premiação ao maior reconhecimento do futebol: “Para mim, foi como se eu tivesse vencido a Bola de Ouro do futebol”. Na disputa pelo prêmio de melhor atleta paralímpico, Gabrielzinho superou grandes nomes, como o bielorrusso Ihar Boki (cinco ouros em Paris) e o paraciclista francês Alexandre Léauté (dois ouros).

O presidente do Comitê Organizador de Paris 2024, Tony Estanguet, destacou o impacto de Gabrielzinho durante a cerimônia de encerramento das Paralimpíadas: “Gabrielzinho fez parte dos momentos magníficos ocorridos nos Jogos”.

No Brasil, o nadador também foi reconhecido como o melhor atleta paralímpico do ano no Prêmio Paralímpicos, ao lado da pernambucana Carol Santiago.

Gabrielzinho nasceu com focomelia, uma condição congênita que impede a formação normal de braços e pernas. Seu primeiro contato com a natação ocorreu na escola em Juiz de Fora, onde um professor de educação física identificou seu talento. Desde então, ele iniciou sua trajetória no esporte, participando dos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG), e chegou ao topo do mundo paralímpico.

Fonte: Agência Brasil.