Dia D contra a dengue: ministra destaca prevenção para reduzir casos no verão

Maioria dos focos do Aedes aegypti está dentro ou próximo das residências, alerta Ministério da Saúde

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou neste sábado (14) a importância da mobilização no combate à dengue durante o Dia D contra a Dengue, realizado no bairro do Caju, no Rio de Janeiro. Segundo ela, 75% dos focos do mosquito Aedes aegypti estão dentro ou ao redor das casas, o que torna a conscientização da população essencial para reduzir os casos da doença.

“Quanto mais fizermos agora, menos pessoas adoecerão no próximo verão”, afirmou a ministra, destacando que temperaturas altas e chuvas previstas para a estação podem favorecer o aumento da incidência.

Previsão e esforços para 2025

O Ministério da Saúde alerta para uma possível concentração maior de casos nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste no próximo verão. A ministra ressaltou que a falta de exposição a alguns sorotipos do vírus, nos últimos anos, eleva o risco de surtos.

Além da dengue, doenças como zika e chikungunya, também transmitidas pelo Aedes aegypti, seguem no radar das autoridades sanitárias. Nísia pediu que os municípios intensifiquem ações de controle, principalmente no contexto de transição de gestões após as eleições de 2024.

Como prevenir a proliferação do mosquito

A dengue é transmitida pelo Aedes aegypti, que se reproduz em água parada. Medidas simples podem ajudar no combate, como:

  • Tampar caixas d’água e cisternas
  • Manter calhas e ralos limpos
  • Evitar acúmulo de lixo
  • Eliminar pratos de vasos ou enchê-los com areia

Essas ações são fundamentais para reduzir os criadouros e proteger as comunidades.

Sintomas e cuidados com a doença

Os principais sintomas da dengue incluem:

  • Febre alta repentina
  • Dor de cabeça e dor atrás dos olhos
  • Dores musculares e nas articulações
  • Prostração e manchas vermelhas pelo corpo

Casos mais graves podem apresentar vômitos, dor abdominal, desmaios e sangramentos. Ao surgirem os primeiros sintomas, é fundamental procurar uma unidade de saúde para evitar complicações.

A ministra reforçou que a dengue, quando tratada corretamente com hidratação e monitoramento, pode ser controlada. “É uma doença que não deveria matar. Com cuidado adequado, evitamos o pior”, afirmou.

Cenário nacional da dengue

Em 2024, as regiões com maior número de casos foram Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná. São Paulo liderou em casos graves e mortes, seguido por Minas Gerais. Especialistas também identificaram um aumento gradual no número de infecções no Sudeste e Sul, áreas onde a dengue antes tinha menor impacto.

Populações mais vulneráveis

Pessoas de todas as idades podem contrair dengue, mas idosos, bebês, grávidas e pacientes com comorbidades têm maior risco de complicações. Além disso, 55% dos casos notificados em 2024 ocorreram em mulheres, com maior concentração na faixa etária de 20 a 29 anos.

A luta contra a dengue depende de todos

A mensagem central da campanha é que o combate à dengue começa com ações individuais e comunitárias. Tampar reservatórios, eliminar criadouros e buscar orientação médica ao surgirem os sintomas são medidas que salvam vidas.

Acompanhe as atualizações e informações de saúde pública para manter sua família protegida neste verão.

Fonte: Agência Brasil