Defesa de Braga Netto nega plano golpista e reforça lealdade a Bolsonaro

General critica acusações de “golpe dentro do golpe” e defende valores éticos e constitucionais

A defesa de Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro do governo Jair Bolsonaro, divulgou neste sábado (23) uma nota repudiando acusações de envolvimento em um suposto plano golpista. O general, que também foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, é um dos 37 indiciados pela Polícia Federal em inquérito que investiga associação criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito.

As investigações apontam que uma reunião para discutir o suposto plano, incluindo a possibilidade de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e até o assassinato de líderes políticos, teria ocorrido em novembro de 2022, na residência de Braga Netto. A defesa do general, no entanto, classificou a tese como “fantasiosa e absurda”, destacando sua lealdade a Bolsonaro e aos “valores e princípios inegociáveis”.

Nota oficial e críticas ao inquérito
Em publicação na rede social X, Braga Netto negou qualquer participação em atos antidemocráticos. “Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém. Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de ‘golpe dentro do golpe’. Haja criatividade…”, escreveu o general.

A defesa jurídica do ex-ministro também criticou a falta de acesso ao relatório da Polícia Federal, entregue ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados Luís Henrique César Prata, Gabriella Leonel Venâncio e Francisco Eslei de Lima enfatizaram que o devido processo legal será essencial para esclarecer os fatos e questionaram o vazamento de informações à imprensa.

Trajetória e posicionamento
Braga Netto relembrou sua trajetória no Exército, incluindo a atuação como chefe do Estado-Maior e a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro em 2018, destacando que sempre atuou de forma ética e legal. A defesa também argumentou que “as responsabilidades de cada ente envolvido” nos inquéritos serão esclarecidas e que “é vital questionar a quem interessam ilações fora do contexto do inquérito legal”.

Desdobramentos do caso
O indiciamento de Braga Netto é parte de uma investigação mais ampla sobre tentativas de subversão da ordem democrática após as eleições de 2022. As acusações incluem a possibilidade de conspirações que envolveriam assassinatos de líderes políticos como o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

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Fonte: Agência Brasil