
Estudo com imigrantes japoneses aponta como hábitos saudáveis podem reduzir o risco do câncer prostático.
O câncer de próstata é o tipo mais comum entre homens no Brasil e, com a chegada do Novembro Azul, surge a pergunta: é possível prevenir a doença? Embora os fatores genéticos sejam responsáveis por cerca de 10% a 12% dos casos, o estilo de vida desempenha um papel decisivo na redução do risco, como mostra um estudo realizado com imigrantes japoneses nos Estados Unidos.
Estilo de vida e câncer de próstata: o que a pesquisa revelou
O estudo analisou a saúde de imigrantes japoneses que se mudaram para os Estados Unidos. Os pesquisadores observaram que os homens que permaneceram no Japão, onde a alimentação é menos industrializada e as atividades físicas são mais frequentes, apresentaram uma incidência menor de doenças metabólicas (como diabetes e hipertensão) e câncer de próstata.
Por outro lado, os imigrantes nos EUA, expostos a dietas ricas em gorduras animais, estresse elevado, tabagismo e menor atividade física, registraram maior prevalência da doença. Isso reforça a ideia de que fatores ambientais e hábitos podem ser determinantes no desenvolvimento do câncer prostático.
O impacto da genética e os hábitos de prevenção
O urologista Dr. Victor Hugo Belinati Neto, do Eco Medical Center, destaca que a hereditariedade é um fator importante, mas não imutável. Homens com parentes de primeiro grau diagnosticados com câncer de próstata devem iniciar o acompanhamento médico anual a partir dos 45 anos. No entanto, para todos os homens, mudanças no estilo de vida podem fazer uma grande diferença.
“Adotar uma alimentação saudável, rica em vegetais e pobre em gorduras animais, além de evitar o tabagismo, reduzir o consumo de álcool, praticar exercícios físicos regularmente e dormir bem, são medidas que não apenas ajudam na prevenção do câncer, mas melhoram a qualidade de vida como um todo”, explica o médico.
A idade e o risco acumulado
Cerca de 75% dos casos de câncer de próstata ocorrem em homens acima de 65 anos, mas no Brasil há um pico de diagnósticos entre os 55 e 65 anos. Segundo o Dr. Victor Hugo, essa faixa etária coincide com o momento em que muitos homens começam a realizar check-ups com maior frequência, detectando o câncer em consultas com cardiologistas ou endocrinologistas.
“Após essa idade, porém, muitos homens deixam de frequentar consultas de rotina, o que aumenta os riscos de diagnósticos tardios. Isso é preocupante, porque o câncer de próstata pode evoluir de forma silenciosa”, alerta o especialista.
A importância do diagnóstico precoce
O câncer de próstata representa 30% de todos os diagnósticos de câncer em homens no Brasil, com cerca de 16.300 mortes anuais, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A doença geralmente não apresenta sintomas iniciais, o que torna o rastreamento preventivo essencial.
O exame de PSA (antígeno prostático específico) e o toque retal são métodos eficientes para detectar alterações na próstata. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de tratamento e cura.
“Quando detectado em estágio inicial, o câncer de próstata é mais facilmente tratável. Por outro lado, em casos avançados, os sintomas incluem dor óssea, dificuldade para urinar e presença de sangue na urina ou no sêmen. Nesses casos, as opções de tratamento tornam-se mais limitadas”, explica o médico.
Prevenção: um compromisso com a saúde masculina
O Novembro Azul reforça a importância do autocuidado e da prevenção. Consultas regulares ao urologista e a adoção de hábitos saudáveis são passos fundamentais para reduzir os riscos do câncer de próstata e de outras condições associadas.
Eco Medical Center: excelência no cuidado com a saúde
Com uma estrutura moderna e mais de 300 especialistas, o Eco Medical Center, em Curitiba, oferece exames laboratoriais, diagnósticos por imagem e atendimento personalizado, tudo em um único local. Saiba mais no site ou visite a unidade na Rua Goiás, 70, bairro Água Verde.
Fonte: Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), informações fornecidas pelo Dr. Victor Hugo Belinati Neto, urologista do Eco Medical Center, e estudo sobre hábitos de imigrantes japoneses nos Estados Unidos.