Nanossatélite brasileiro VCUB1 alcança resultados inovadores com apoio da Embrapii

Primeiro dispositivo 100% nacional para observação da Terra testa com sucesso tecnologias espaciais avançadas.

O VCUB1, primeiro nanossatélite brasileiro, está em órbita há mais de um ano, marcando uma nova era para a indústria espacial nacional. Desenvolvido pela Visiona Tecnologia Espacial, uma joint-venture entre a Embraer e a Telebras, o projeto teve apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação (Embrapii), com um investimento de R$ 2,9 milhões não-reembolsáveis.

Com tecnologia de ponta, o VCUB1 é o primeiro satélite do Brasil a testar no espaço o sistema de Controle de Órbita e Atitude (AOCS), uma inovação crítica que não pode ser plenamente validada na Terra. O satélite, totalmente reconfigurável em voo, utiliza o conceito de satélite definido por software, permitindo atualizações contínuas de funcionalidades e correção de eventuais erros após o lançamento.

Marco na indústria espacial nacional

O domínio do software embarcado no VCUB1 representa um divisor de águas para a indústria espacial brasileira. “O desenvolvimento do sistema AOCS é um marco que nos permitirá avançar em novas missões, como o SatVHR, primeiro satélite de observação da Terra de altíssima resolução do Brasil”, afirmou Himilcon de Castro Carvalho, Diretor de Tecnologia Espacial da Visiona.

Equipado com uma câmera de alta resolução, projetada no Brasil pela OPTO, o VCUB1 coleta dados hidrometeorológicos e ambientais, posicionando a Visiona como uma referência em satélites de pequeno porte.

Parcerias tecnológicas e lançamento internacional

Além da Embrapii, o projeto VCUB1 conta com parcerias de instituições como o Inpe, Embrapa, Cemaden e empresas da base industrial brasileira. O nanossatélite foi lançado ao espaço em 15 de abril de 2023, da Base Aérea de Vandenberg, nos EUA, a bordo do foguete Falcon 9 da SpaceX. Após o lançamento, foi levado à órbita final pelo rebocador espacial ION da empresa italiana D-Orbit.

O sucesso do VCUB1 reforça a capacidade do Brasil em desenvolver satélites de alto desempenho e abrir portas para futuras missões de maior complexidade.

Fonte: Visiona Tecnologia Espacial