Segundo a Pesquisa de Opinião da Fecomércio PR, 65,9% dos empreendedores estão otimistas para o 1º semestre de 2022
Os empresários paranaenses estão confiantes com a retomada econômica em 2022. Segundo a Pesquisa de Opinião da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), relativa ao 1º primeiro semestre, 65,9% dos empreendedores paranaenses entrevistados possuem expectativas positivas para estes primeiros meses do ano. É a terceira alta semestral consecutiva da confiança do empresário do comércio de bens, serviços e turismo. Esta também é a maior projeção otimista de vendas desde o início da pandemia, quase chegando ao índice de confiança anterior à crise sanitária e até superando o registrado durante a crise econômica de 2015 a 2016.
A pesquisa da Fecomércio PR mostra ainda que 16,9% dos empresários do estado possuem expectativas desfavoráveis para o 1º semestre e 13,8% ainda não têm opinião formada.
Os varejistas e os prestadores de serviços são os mais otimistas, com 66,7% de respostas favoráveis em ambos os setores. Já entre os gestores de empresas do segmento turístico, a parcela de opiniões favoráveis é de 62,5%, superior aos 46,9% registrados no 2º semestre de 2021.
Expectativas por regiões
Os empresários da região de Ponta Grossa são os mais otimistas, com 76,7%, ante 71% no semestre passado. Em Londrina, 70,4% dos empreendedores estão confiantes para este semestre. Na sequência, vem Curitiba e RM (67,5%), Maringá (63,9%), Oeste (61,9%) e Sudoeste (42,9%).
Investimentos
Dentre os entrevistados, 44,4% afirmam que pretendem fazer novos investimentos neste semestre. Na edição anterior da pesquisa, relativa ao 2º semestre de 2021, apenas 37% dos empresários planejavam investir em sua empresa. Neste semestre, as principais áreas beneficiadas pelos investimentos devem ser propaganda e marketing (39,6%), reforma e modernização das instalações (35,6%), máquinas e equipamentos (28,7%), nova linha de produtos ou serviços (27,7%), informática e internet (21,8%) e capacitação da equipe (20,8%).
Na comparação com o semestre anterior, observa-se um incremento nos investimentos em novos pontos de vendas (4,2 p.p.), logística (4,1 p.p.), reformas e modernizações (3,8 p.p.), vitrinismo (3,6 p.p.), atendimento pós-venda (3,6 p.p.), estoque (3,5 p.p.), entre outros.
Quadro funcional
A maioria dos empresários, 41,6%, pretende manter o quadro funcional, enquanto 37,8% afirmam que ampliarão o número de empregados neste semestre, o mais alto de toda a série histórica da pesquisa.
Na segmentação por regiões, o Sudoeste possui, ao mesmo tempo, a maior projeção de contratações (42,9%) e de demissões (21,4%). A região de Ponta Grossa tem o mesmo percentual de intenções de admissões e de manutenção do quadro funcional, com 41,9% cada.
Em Curitiba e Região Metropolitana, 38,5% das empresas planejam contratar, enquanto em Londrina 37% também aumentarão o número de funcionários. No mesmo patamar, com 33,3%, os estabelecimentos de Maringá e da região Oeste farão novas contratações.
Principais dificuldades
As duas dificuldades mais citadas pelos empresários continuam sendo as mesmas do semestre anterior: instabilidade econômica e custos das mercadorias, com 64,7% e 56,3% de menções, respectivamente.
Entretanto, outras preocupações passaram a ganhar mais peso neste semestre, entre elas a carga tributária elevada, que passou de 29% das menções no 2º semestre de 2021 para 40,9%, e a falta de mão de obra qualificada, que praticamente dobrou, saindo de 12,3% para 24,7% neste 1º semestre.
Impactos da Covid-19
A pandemia continua exercendo forte impacto na atividade comercial: 70% das empresas ainda sofrem com redução de faturamento, ante 74,5% no 2º semestre de 2021. Na maioria dos casos, 51,5%, os prejuízos correspondem à diminuição de até metade das receitas.