O Programa Rede Elétrica Inteligente (REI) atingiu esta semana a marca de 50 mil medidores substituídos nas cidades em que já está em andamento. Isso representa o equivalente a 10 municípios como Ipiranga, no Centro-Sul, onde a tecnologia foi implantada como projeto-piloto em 2018 e hoje opera com todas as funcionalidades. A previsão da Copel é dobrar esse número até novembro.
Em Pato Branco, no Sudoeste, os medidores antigos já foram substituídos pelos inteligentes em aproximadamente 80% do total de residências, indústrias e empresas urbanas e rurais.
As frentes de trabalho também estão atuando nas cidades de Capanema, Planalto, Francisco Beltrão, Pitanga, Realeza, Santa Izabel do Oeste, Ampére, Turvo, Boa Ventura do São Roque, Campina do Simão, Goioxim, Santa Maria do Oeste, Santo Antônio do Sudoeste, Bom Jesus do Sul, Barracão e Flor da Serra do Sul.
O presidente da Copel, Daniel Slaviero, explica que o REI é hoje um dos maiores programas do gênero em execução no País e tem como objetivo modernizar a gestão e a distribuição de energia elétrica no Estado. “O Rede Elétrica Inteligente atende aos três principais pilares da companhia: redução de despesas, investimento seguro e qualidade de energia para os clientes”, afirma.
Dividido em três fases, somente nesta primeira etapa ele representa investimentos de R$ 820 milhões em 151 municípios das regiões Leste (Região Metropolitana de Curitiba), Centro-Sul, Oeste e Sudoeste, beneficiando aproximadamente 4,5 milhões de paranaenses.
PROGRAMA – Em todas as unidades consumidoras, os medidores atuais serão substituídos por outros digitais que se comunicam diretamente com o Centro Integrado de Operação da Distribuição da Copel, facilitando o controle de toda a cadeia, desde a subestação até o consumidor final.
Esse investimento tecnológico não tem custo algum para o cliente e permitirá a leitura de consumo remota, assim como autonomia para o usuário monitorar seu consumo em tempo real por meio do aplicativo da Copel para celular.
Os sensores e dispositivos de controle a distância da rede inteligente vão reduzir o tempo de desligamento provocado por intempéries e outros fatores externos ao sistema. Eles permitem que a rede se religue automaticamente quando isso for possível e, nos casos em que não ocorra, fornecem dados para que a Companhia possa detectar e sanar eventuais problemas de desligamento a partir do Centro Integrado de Operação da Distribuição, em Curitiba.
Quando houver necessidade de intervenção de técnicos, com as informações fornecidas pela rede inteligente o centro saberá indicar o ponto exato que gerou a queda de energia, agilizando o tempo para o restabelecimento. Isso vai ampliar a qualidade de vida dos paranaenses e garantir mais segurança para o agronegócio e as indústrias.
TECNOLOGIA – A rede inteligente da Copel utiliza um modelo que já existe em países como os Estados Unidos e o Japão. Além dos benefícios já citados, ela ainda facilita a integração com programas municipais dentro do sistema de cidades inteligentes.
“A cidade de Ipiranga, por exemplo, será piloto de um projeto em parceria com o Lactec que vai avaliar a aplicação de tecnologias para smart cities aproveitando a infraestrutura de comunicação de sistemas das redes inteligentes – em inglês, smart grids”, explica o diretor-geral da Copel Distribuição, Maximiliano Orfalli.
O projeto de pesquisa e desenvolvimento atende demanda da subsidiária de distribuição da Copel e é realizado no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em princípio, será testada a inserção de tecnologias de automação da iluminação pública, medição inteligente do consumo de água e automação do monitoramento climático.
Be the first to comment