Secretários mencionaram a importância da produção de energia renovável durante inauguração oficial de Usina Fotovoltaica na unidade da Faep em Assis Chateaubriand.
Secretários de Estado participaram, nesta quinta-feira (17), da inauguração da Usina Fotovoltaica Nelson Paludo, em Assis Chateaubriand, no Oeste do Estado. Já está em funcionamento desde o mês de abril deste ano, abastecendo 20 unidades do Sistema Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) em todo o Estado com energia limpa. A expectativa é de que o complexo fotovoltaico gere a economia de cerca de R$ 10 mil por mês.
A usina tem uma estrutura com 304 painéis, capazes de gerar 160 mil kwh por ano. Com isso, será capaz de reduzir a emissão de 20 toneladas de CO2 na atmosfera anualmente.
O chefe da Casa Civil, Guto Silva, e os secretários de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, e da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacaram os benefícios de uma usina solar para os agricultores e também ao meio ambiente.
Guto Silva afirmou que a economia gerada ao produtor rural é o primeiro passo para aumentar a produção no campo, ao afirmar que ao gerar sua própria energia o produtor reduz custos e pode investir mais em seu negócio. “É um sistema que compensa pelo retorno que representa em economia e produtividade”, disse. Ele calcula que em pouco mais de três anos o produtor paga o investimento em uma usina fotovoltaica e acrescentou que o governo busca mais recursos para o financiamento desse sistema.
“Nossa energia é 91% limpa, preservamos as matas ciliares, temos agronegócio de ponta, produtivo, que respeita o meio ambiente. E agora vamos produzir energia solar no campo. É um caminho sem volta. É o próximo ciclo do Paraná”, afirmou Guto Silva.
ATENÇÃO ESPECIAL – O secretário Márcio Nunes destacou que o processo de licenciamento para a construção de empreendimentos desse porte recebeu uma atenção especial por parte do Governo do Estado, com o lançamento do Paraná Energia Sustentável.
“Temos que aproveitar todas as formas de energias possíveis para que ela saia da tomada. Ela pode ser produzida por biomassa, solar, eólica, ondas e pequenos potenciais hidrelétricos. Agora, o pedido para esses empreendimentos pode ser feito online e se o requerente tiver todos os documentos, a licença pode sair na hora, mas com segurança técnica e jurídica”, disse.
Segundo o diretor-presidente da Faep, Ágide Meneguette, a energia elétrica é o segundo insumo de maior custo na produção das pecuárias. Disse que a adoção da energia solar ou da bioenergia, que tem amortização de custo em até cinco anos, reduz o gasto com a produção e, neste período, o produtor rural troca a conta de luz pela parcela do empreendimento, lembrando que ele tem uma vida útil de cerca de 25 anos”.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, acentuou a importância da energia renovável no desenvolvimento do setor agropecuário, do qual o Paraná é protagonista. Segundo ele, as perspectivas são muito positivas para o setor, principalmente em atividades que consomem mais energia elétrica, como avicultura, suinocultura, bovinocultura de leite e piscicultura.
“Hoje a energia é um dos principais insumos da agropecuária. Não podemos desperdiçar fontes disponíveis, sobretudo porque conseguimos avançar tecnologicamente”, afirmou Ortigara. “Foi inteligente aproveitar o conhecimento tecnológico que temos e bancar parte dos esforços dos agricultores para gerar a própria energia. E a custo zero. Tenho visto casos concretos, de redução de contas de luz de R$ 8 mil”, exemplificou.
AUMENTO DA PRODUÇÃO – Há 75 anos trabalhando com agricultura familiar, João Romão Matheus conta que estuda hoje como implantar a energia solar na sua propriedade. De acordo com ele, se economizar nos gastos com energia será possível aumentar sua produção.
“Estamos há meses nos envolvendo com isso para adotar o sistema em nossa propriedade porque economicamente é mais vantagem. Tenho dois aviários de frango e pretendo ter quatro, que é o ideal para minha família”, disse.
HOMENAGEM – A Usina leva o nome de um líder do setor agropecuário na região, que morreu em decorrência de complicações causadas pela Covid-19 neste ano. Nelson Paludo, produtor rural, era ligado ao sistema sindical rural e vice-presidente da Faep pela segunda gestão.
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