O 5º Fórum Estadual do Programa Vida no Trânsito Paraná, que acontecerá nesta quinta e sexta-feira (10 e 11), tem o objetivo de avaliar resultados, conquistas e desafios na área, além de apresentar propostas de avanços para a Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2021-2030. O programa foi implantado no Estado em 2011.
O evento, em formato online, será transmitido pelo canal do Youtube e Facebook da Escola de Trânsito do Paraná, das 14h às 17h.
O evento é realizado pela Secretaria da Saúde do Paraná e Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), com apoio do Observatório Nacional de Segurança Viária, Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), além de outros setores do governo e organizações da sociedade.
A secretaria estadual da Saúde participa das palestras e painéis que irão tratar de temas como o papel do gestor público na implantação e implementação do PVT, mobilidade urbana inteligente e justiça e sobriedade no trânsito, entre outros.
“O trânsito é uma questão de saúde pública e exige atenção e cuidados dos atores envolvidos, que são os órgãos federais, estaduais, municipais, e também da comunidade para a redução do número de acidentes. Isso repercute, por exemplo, na demanda de atendimentos de trauma nos hospitais, reflexo destes episódios” , afirma secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade mostram que, em 2019, cerca de 2,4 mil pessoas morreram por Acidente de Trânsito e Transporte Terrestre (ATT) no Paraná. Neste ano outras 1.337 vidas se perderam por esta causa.
ANÁLISE
A Comissão Estadual Intersetorial de Prevenção de Acidentes e Segurança no Trânsito do Paraná avalia os números do ano passado.
“Quanto à condição da vítima no momento do acidente de trânsito, os óbitos foram mais frequentes no grupo de ocupantes de veículos (30,87%), seguidos por motociclistas (29,12%), pedestres (17,57%), outros acidentes de transporte (10,96%), ocupantes de veículo pesado – caminhões (4,67%), ciclistas (4,41%), ocupantes de caminhonete (1,62%) e ocupantes de ônibus (0,78%). Não houve óbito por acidente de trânsito por usuários ocupantes de triciclo”, informa a técnica Tatiana Gomara Neves.
“Importante destacar que, neste mesmo ano, 81,31% das pessoas residentes no Paraná que vieram a óbito por acidente de trânsito e transporte são homens, sendo que 73% tinham entre 20 e 59 anos de idade”, complementou Tatiana.
Em 2019 o Estado registrou 10.021 internamentos por ATT, segundo dados preliminares do Sistema de Informações Hospitalares (SIH).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os acidentes de trânsito são a principal causa de morte entre crianças e jovens de 5 a 29 anos, em todo o mundo. A cada ano, 1,35 milhão de vidas são perdidas – 90% desses óbitos ocorrem em países de baixa e média renda.
PROGRAMA
O Programa Vida no Trânsito tem como objetivo promover intervenções efetivas de segurança no trânsito que apresentem evidência na redução das mortes e feridos graves.
Atualmente, no Paraná, 12 municípios já implantaram o PVN: Curitiba, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Cascavel, Londrina, Maringá, Francisco Beltrão, Paranaguá, Ponta Grossa, Toledo, Campo Mourão e Paranavaí, abrangendo 42% da população.
Os participantes criam as comissões municipais do programa para o desenvolvimento de ações preventivas e orientativas, baseadas em estudos epidemiológicos locais, além da promoção da melhoria da infraestrutura viária.
DÉCADA
A Organização das Nações Unidas lançou, em 2011, a “Década de Ação pela Segurança no Trânsito” na qual governos de todo o mundo, incluindo o Brasil, comprometeram-se a tomar novas medidas para prevenir acidentes no trânsito.
A taxa de mortalidade por acidente de trânsito e transporte no Paraná, no período de 2011 a 2019, segundo dados preliminares, apresentou uma redução de 33,37% neste intervalo, passando de 31,61, em 2011, para 21,06 óbitos por 100 mil habitantes em 2019.
O conjunto dos doze municípios paranaenses com PVT alcançou uma redução de 42,20% deste índice, no mesmo período, passando de 25,45, em 2011, para 14,71 mortes por 100 mil habitantes, em 2019.
Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná