O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou nesta última quinta-feira (22) dois importantes projetos que vão impulsionar a área de saúde em Maringá e na região Noroeste. Ele esteve nas obras do Hospital da Criança, uma unidade de 164 leitos que está sendo construída com recursos do Governo do Estado, governo federal e Organização Mundial da Família (OMF), e conheceu o projeto Unique Medical Center, empreendimento privado que disponibilizará mais 220 leitos hospitalares, inclusive de UTI.
“A cidade tem atraído investimentos públicos e privados em saúde, vem se consolidando como um polo. Medicina, biotecnologia e atendimento são vocações de Maringá, inclusive com um circuito universitário muito bem estruturado nessas áreas”, afirmou o governador. “É uma das melhores cidades para se viver nesse País. Agora vamos atrair pessoas do Brasil todo para Maringá”.
Ratinho Junior disse que o Hospital da Criança se junta a uma rede de prestação de assistência infantil ao lado do Pequeno Príncipe (Curitiba), Erastinho (Curitiba), Waldemar Monastier (Campo Largo) e Hospital da Criança (Ponta Grossa). “A faixa Norte do Estado precisava de um espaço como esse. Ele não vai atender apenas Maringá, mas dará suporte a toda a região, cuidando das nossas crianças”, acrescentou.
O governador também destacou o timing do projeto privado do Unique Medical Center, num momento de pandemia em que estados e países têm debatido questões de saúde e de atendimento. “É um empreendimento inspirado nos países de primeiro mundo. Milhares de pessoas trabalharão nesse espaço, como médicos, enfermeiros, técnicos”, afirmou Ratinho Junior. “Maringá merecia um projeto desse porte. É um investimento que atrai mão de obra qualificada e que não aconteceria no Paraná se o Estado e o município não caminhassem bem”.
HOSPITAL DA CRIANÇA
Iniciada em fevereiro de 2019, a obra do Hospital da Criança está 80% concluída e deve ser finalizada até novembro, restando apenas a pintura e a instalação de todos os equipamentos e mobiliário. Em seguida, haverá uma série de treinamentos antes da inauguração, prevista para ocorrer no primeiro trimestre de 2021.
São 24,2 mil metros quadrados de área construída, com 13 blocos, 40 leitos de UTI nas alas pediátrica e neonatal, 124 leitos de internação, centro cirúrgico, um hospital-dia, um centro de especialidades, duas recepções, laboratório, centro de imagens e uma ala de ensino e pesquisa.
O investimento é de R$ 124 milhões – parceria do Governo do Estado e do governo federal – e US$ 10 milhões da Organização Mundial da Família (OMF). O convênio é uma conquista da prefeitura de Maringá e da União Nacional de Proteção à Maternidade, à Infância e à Família (Unapmif), representante legal da OMF na América Latina, responsável pelo esboço e pela execução.
A estrutura conta com hospital-dia, centro de especialidades, ala de internação, cirurgia, pesquisa e o prédio administrativo. O hospital-dia terá 12 leitos e espaços para tratamento de hemodiálise, recuperação pós-anestésica, três salas de pequenas cirurgias, quimioterapia, sala de infusão (vacina) e anestesia.
O centro de especialidades contará com consultório odontológico e outras 28 salas dedicadas a atendimentos diversos em dermatologia, cardiologia, oftalmologia, fonoaudiologia, psiquiatria, entre outros. O complexo também contará com farmácia, laboratório, centro de imagem, ala de ensino e pesquisa, recepção da internação, refeitório, vestiário, lavanderia e almoxarifado.
UNIQUE
Maringá também vai ganhar um novo empreendimento hospitalar de grande porte, mas com recursos privados. Um grupo de médicos está investindo R$ 250 milhões em um complexo de dois prédios, com previsão de gerar, pelo menos, três mil empregos diretos. A obra começará em dezembro e a inauguração deve ocorrer em 2023.
A proposta do Unique é ser um hospital 4.0, com sistemas informatizados de última geração, softwares de apoio ao trabalho médico e integração de dados para garantir rapidez e precisão aos serviços clínicos, financeiros ou estatísticos. A unidade, que vai atender pacientes particulares ou de convênios, será focado no serviço de alta complexidade para adultos.
O Unique será construído em um terreno de 10,8 mil metros quadrados no Jardim São Conrado e será composto por duas torres interligadas. A mais alta, com 25 andares, contará com 237 salas e consultórios com 55 metros quadrados cada.
A outra será o Hospital Unique, que terá 200 leitos de internação e mais 20 leitos de UTI geral. Serão dez salas cirúrgicas e pronto-socorro clínico e cirúrgico 24 horas, além de um centro de diagnóstico completo para atendimento eletivo agendado e aos pacientes do hospital. Também vai contar com um espaço comercial interligando as duas torres, heliponto e estacionamento com 800 vagas.
“É um shopping da saúde. Vamos gerar de 500 a 700 empregos na construção civil. Em operação serão de três mil a cinco mil empregos diretos e indiretos. É um projeto de R$ 250 milhões, sendo R$ 160 milhões injetados diretamente na economia da cidade”, disse o CEO do projeto, Roberto Madid.
PRESENÇAS
Acompanharam o governador nas visitas o secretário de Saúde, Beto Preto, e de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes; o diretor-presidente da Fundepar, Alessandro Oliveira; o presidente da Associação Comercial de Maringá (ACIM), Mohamad Ali; o presidente do Conselho de Administração do Unique Medical Center, Márcio Beckhauser; e os deputados estaduais Do Carmo, Jonas Guimarães e Evandro Araújo.
PARQUE TECNOLÓGICO DE MARINGÁ
O governador Ratinho Junior também conheceu o espaço do Parque Tecnológico de Maringá, que ocupará um terreno de 180 mil metros quadrados, subdivididos em mais de 50 loteamentos, próximo ao Parque do Japão. A expectativa é reunir em um só espaço, com toda a infraestrutura necessária, a maior parte da inovação tecnológica do município.
“É um foco fomentar os investimentos em parques tecnológicos. Temos 16 credenciados no Estado e o objetivo é interligar esse ecossistema. Queremos consolidar o Paraná como uma central de vendas online, atrair novas startups, atrelando tecnologia nos processos. Temos até um unicórnio no Estado, que é uma empresa que vale mais de R$ 1 bilhão”, afirmou Ratinho Junior.
Ele também destacou que o Paraná é o segundo estado mais tecnológico do País, o segundo que mais investe em ciência e tecnologia e que o Estado tem uma lei de e-commerce que favorece negócios online – o Governo do Paraná reduziu o valor de investimento para que empresas de comércio online façam parte do programa Paraná Competitivo e prorrogou o prazo de requerimento do benefício do crédito presumido, reduzindo a carga efetiva do ICMS nas vendas interestaduais para 2%.
“Em Maringá teremos um grande hub para atrair mais investimentos. Isso é importante para diversificar a vocação econômica do município e gerar os empregos que o mundo precisa. A prefeitura cedeu um espaço nobre na cidade e toda a região será valorizada com esses investimentos”, complementou Ratinho Junior.
Maringá é um polo na área tecnológica: reúne cerca de 350 empresas, quatro mil profissionais empregados e faturamento na casa de R$ 1,2 bilhão por ano. Oito companhias maringaenses venceram as primeiras licitações para instalação e terão isenção de IPTU por dez anos e isenção do ISS da obra e serviço de terraplanagem. Após cinco anos no mesmo local, a empresa obtém a escritura definitiva da área. As obras dos barracões devem começar em 2021.
Segundo Cezar Rael, diretor de Inovação da prefeitura, o Parque materializa o ecossistema de inovação do município. “Maringá é um polo de tecnologia, atende várias verticais do segmento de softwares, para saúde, educação e gestão. Esse espaço dará mais visibilidade a essa cadeia. São empresas que crescem rapidamente, com empregos qualificados. Elas terão mais infraestrutura”, afirmou. “Teremos coworkings (espaços colaborativos), aceleradores e áreas governamentais. As empresas crescem mais rapidamente juntas”.
As empresas se reunirão à Software by Maringá, associação criada em 2007 e que reúne mais de 100 empresas e startups do município e região, que recebeu um terreno com quatro mil metros quadrados. O espaço consolida a parceria do segmento de TI com a academia e a administração pública, com possibilidade de atrair pequenas e médias empresas com laboratórios de inovação e capacitação. Desta forma, as empresas poderão explorar a proximidade para criar novos projetos.
Robinson Patroni, vice-presidente da Software by Maringá e presidente da câmara técnica de Tecnologia da Informação do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), disse que o parque ajudará as empresas a crescerem. “É uma realização. A ideia é que nesse modelo as empresas crescerão e a Software by Maringá ajudará com a governança do associativismo”, acrescentou. “Esperamos que Maringá seja um celeiro para o País, apostando na formação, em qualificação das pequenas empresas, mentorias, e apoio às grandes ideias”.
Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná