Escola desenvolve projeto de robótica e participa de competições

Estudantes do Colégio Estadual Padre Morelli, de Curitiba, participaram de um bate-papo com o secretário de Estado da Educação e do Esporte, Renato Feder. O grupo integra a equipe Doctors Machines, projeto de robótica desenvolvido pela escola que atualmente participa de duas grandes competições: a Olimpíada Brasileira de Robótica e a First Lego League. O secretário entregou dois kits Lego de robótica, que serão usados nas próximas etapas da First Lego League.

Ao lado do professor Thadeu Miqueletto, coordenador do Doctors Machines, e do diretor do colégio, Luciano Kaminski, os estudantes falaram sobre o trabalho desenvolvido, as competições e os projetos futuros. Para o secretário da Educação, o comprometimento e a curiosidade dos estudantes são inspiradores.

“Há envolvimento dos alunos com o projeto que estimula a criatividade, a disciplina e o trabalho em equipe. Esse projeto de robótica é um ótimo exemplo de como se incentivar o uso da tecnologia como ferramenta pedagógica. E os resultados são ótimos, não só pelas competições e prêmios que eles trazem para a escola, mas principalmente porque é uma experiência de aprendizagem única”, afirmou Feder.

DOCTORS MACHINES

Coordenado pelo professor de matemática Thadeu Miqueletto, as oficinas de robótica começaram em 2015 de forma tímida. Mas de lá para cá, o time cresceu e hoje é formado por aproximadamente trinta adolescentes que se dedicam de segunda a sexta-feira a projetos inovadores. Além disso, a atividade extraescolar ajuda também a absorver o conteúdo que é visto em sala de aula.

“Tudo o que aprendem dentro do projeto ajuda. Eles trabalham com pesquisa, autonomia, escrita de artigos científicos. Então, tudo isso agrega nas disciplinas dentro do currículo”, explicou.

O colégio Padre Claudio Morelli atende cerca de 1.700 alunos. O diretor Luciano Kaminski destaca três aspectos do projeto para a formação dos estudantes: a identificação com a escola, o impulso para o início de uma vida acadêmica de sucesso e a coletividade, já que tudo é feito em equipe. Ele ressalta que o apoio do governo, por meio da Secretaria da Educação, vai fortalecer o andamento das atividades.

UNIVERSIDADE

Foi participando do Doctors Machines que Giordan Barbosa, 17 anos, encontrou a profissão que deseja seguir. Se antes o jovem tinha planos de cursar design gráfico, a robótica o levou para o curso de engenharia mecânica na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Cursa o primeiro ano. Ele considera a participação no projeto fundamental para a conquista da vaga em universidade pública.

“A gente pesquisa muito sobre alguns conceitos físicos e matemáticos para poder aplicar no robô, aprende sobre biologia, química, história e geografia através dos programas de pesquisa. E nós que precisamos pesquisar, aprendemos mais”, diz. Hoje, como não tem mais idade para competir, Giordan atua como monitor no projeto uma vez por semana.

TECNOLOGIA EM TUDO

Há três anos no projeto, Marjory Bogler, de 15 anos, conta que a robótica mudou a forma como encarava o estudo. “Nunca é chato. É divertido, você tem vontade de estar lá todos os dias, de passar o dia pesquisando sobre formas de realizar algo e ajudar os outros por meio da robótica”, contou.

A garota pretende cursar Medicina e levar o aprendizado do projeto para a profissão. “Quando digo que quero fazer Medicina, me perguntam porque estou na robótica. Acredito que a gente tem que levar a tecnologia para todas as áreas, e eu posso levar para a saúde”.

PREMIAÇÕES

Desde 2016, a equipe do Doctors Machines participa de duas competições importantes: a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e First Lego League (FLL). Na OBR, colecionam os prêmios de melhor escola iniciante e segundo lugar estadual, em 2016; o terceiro lugar estadual, em 2017; primeiro lugar regional e quarto lugar estadual, em 2018; e agora, em 2019, o primeiro lugar regional e a quarta posição da etapa estadual, além do título de melhor escola pública do Paraná.

Na FLL de 2016, ainda como iniciantes, os alunos foram divididos em duas equipes e conquistaram o sétimo e o oitavo lugar. No ano seguinte, em 2017, ficaram com a terceira posição a nível estadual e ganharam uma vaga na competição nacional. No ano passado conseguiram o quinto e o segundo lugar no estadual e foram para o Rio de janeiro, na competição nacional.

Agora, eles se preparam para a FLL 2019. A proposta desse ano é usar a tecnologia na resolução de problemas da vida real. Eles precisarão identificar alguma falha em espaço público e oferecer, com programação, robótica e automação, a solução ideal.

PORTAL EDUCACIONAL

Ao final da visita, os alunos se reuniram em uma sala do Departamento de Tecnologias Educacionais (DTE) da Secretaria da Educação e acessaram o novo Portal Educacional, que a partir de novembro estará repaginado. Os estudantes deram sugestões de conteúdo, layout e possíveis adequações que podem ser feitas.

O novo portal foi desenvolvido pela equipe do DTE com base em sugestões de alunos e professores para atender da melhor forma as necessidades dos usuários.

Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná