O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), mantido pelo Exército brasileiro e localizado no Rio de Janeiro, sedia neste semestre um treinamento teórico-prático para observadores militares que deverão atuar em missões de paz das Nações Unidas.
Segundo o coronel Marco Antônio Estevão Machado, comandante do CCOPAB, o curso deverá ser realizado entre os meses de outubro e novembro com 40 alunos, entre brasileiros e estrangeiros.
Ele explicou que, no último mês de junho, o centro que dirige obteve a revalidação da ONU por mais quatro anos para treinar militares de alto escalão de outros países que vão atuar em missões de paz das Nações Unidas. “Já tínhamos esta certificação desde agosto de 2013. E agora com a revalidação estamos aptos a proceder este tipo de treinamento até julho de 2023”, falou.
O comandante Machado disse que, além de treinar pessoal in loco, no Rio de Janeiro, o CCOPAB também envia instrutores para ministrar treinamentos em outros países. “É o caso de 13 militares brasileiros especialistas em guerra de selva que estão no Congo desde junho treinando soldados boinas azuis das Forças de Paz da ONU naquele país africano”.
HISTÓRICO
O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil foi criado em 2005, para preparar o terceiro contingente militar brasileiro que seria enviado para a operação da ONU no Haiti. Atualmente, a instituição das Forças Armadas oferece uma série de capacitações para militares, policiais e civis que desejem atuar em missões das Nações Unidas ou em contextos de emergência humanitária.
Com a revalidação concedida pela ONU, o centro poderá preparar oficiais de Estado-Maior do Brasil e de outros países que alocam militares para as operações de paz.
Em entrevista à ONU News, em Nova Iorque, o conselheiro militar da Missão do Brasil nas Nações Unidas, general do Exército Gerson Menandro Garcia de Freitas, lembrou o histórico de contribuições brasileiras para a formação dos chamados “capacetes azuis” — os oficiais que servem sob a bandeira da ONU em missões de paz.
“Nós devemos destacar, com bastante ênfase, a nossa participação na construção de capacidades, na educação e na melhoria do desenvolvimento, utilizando a nossa expertise, o nosso centro de paz e também de profissionais nossos e de equipes móveis de treinamento”, afirmou o oficial.
“Nós temos sediado cursos, ministrado cursos no exterior e participado na elaboração de manuais. Ou seja, ajudando muito à ONU para melhorar o desempenho das suas tropas no terreno,” ressaltou.
Fonte: Augusto Queiroz – Agência Brasil