A cavidade oral é onde se realizam as funções vitais de respiração, mastigação, deglutição e função, e deve estar em equilíbrio para queo desenvolvimento facial ocorra como um todo de modo harmonioso.
Os problemas respiratórios na infância estão cada vez mais frequentes, sejam eles genéticos, habituais ou viciosos. Porém pouca gente sabe da relação desses problemas, principalmente nas crianças que respiram constantemente pela boca com os problemas ortodônticos, em especial a maloclusão dentária.
Quando o indivíduo começa a respirar pela boca, ao invés de pelo nariz, podem ocorrer algumas alterações à nível de face, caracterizando a “Síndrome da face longa”; boca entreaberta, lábio superior evertido, língua mal posicionada, arcos atrésicos e gengivite crônica
A respiração é junto com a mastigação, um dos principais fatores que contribuem para o correto desenvolvimento dos ossos maxilares e consequentemente um correto posicionamento dos dentes.
Quando a criança passa a respirar pela boca, várias alterações começam a ocorrer: Passa a manter a boca aberta a maior parte do tempo, a língua passa a ficar mais baixa junto ao assoalho da boca, em contato apenas com os dentes de baixo, a criança, para facilitar a respiração bucal, projeta a cabeça para frente, esticando o pescoço e mudando a postura da coluna cervical.
Essas alterações, junto com a inversão da passagem do ar (o ar passa a entrar e sair pela boca e não pelo nariz) aos poucos vão trazendo alterações para os ossos maxilares, para as arcadas dentárias e para o posicionamento correto dos dentes.
As principais alterações que vemos são: o céu da boca alto e estreito, as mordidas cruzadas (quando os dentes de cima encaixam por dentro e os de baixo por fora) que podem ser uni ou bilaterais, as mordidas abertas (quando os dentes da frente não se tocam, ficando um espaço entre eles), os apinhamentos dentários (pela falta de espaço os dentes ficam amontoados) e as retrusões mandibulares (falta de crescimento da mandíbula, o osso onde ficam os dentes de baixo, deixando um espaço horizontal grande entre os dentes anteriores de cima e os de baixo).
Se você já percebeu que seu filho, parente ou amigo tem uma ou mais característica dos fatores citados acima, procure nos para uma avaliação do caso e posterior tratamento, pois pode ter certeza que você proporcionará uma grande melhora na vida dessa criança.
A possível solução destes problemas são os aparelhos ortopédicos que agem sobre a arcada dentária e estruturas craniofaciais atuando em funções vitais como musculares, respiratórias e fonéticas, exercendo estímulos de crescimento ou controle, sendo que esse tratamento é mais indicado para crianças e adolescentes em fase de crescimento.
Colaboração: Dr. Wagner Destéfano
Cirurgião Dentista – CRO 10637