Uma quadrilha suspeita de envolvimento em pelo menos 11 casos de arrombamento, explosão de caixa eletrônico e roubo a banco foi presa na manhã de ontem (6) durante a “Operação Torrone”, deflagrada pela Polícia Militar do Paraná na cidade de Apucarana, no Norte do Paraná. A ação faz parte da Operação Impacto, que reúne todas as forças de segurança do Paraná, deflagrada pela Secretaria da Segurança Pública para coibir os crimes patrimoniais (furto e roubo).
Quatro pessoas desta quadrilha foram presas e 26 caixas de cigarros apreendidas durante a ação policial. A investigação da PM aponta que a organização criminosa era composta por 10 pessoas e que teria agido pelo menos 11 vezes em diversos municípios: Jaguapitã, Rio Branco do Ivaí, Centenário do Sul, Marialva, Atalaia, Porecatu e Querência do Norte.
“A operação é resultado de um excelente trabalho de investigação da Polícia Militar que culminou com a prisão dos integrantes desta quadrilha. Casos como estes, de crime de roubo a banco, têm que ser combatido com trabalho de inteligência policial já que estas quadrilhas, como foi visto, atuam em diversas cidades. Só com trabalho coordenado, colhendo evidências e pistas em cada local de crime, é possível desarticular estas organizações criminosas”, disse o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita. “Nossas polícias estão atentas a esta atividade criminosa. Só no ano passado, mais de 130 pessoas foram presas em operações das polícias Civil e Militar suspeitos de praticar explosões de caixas eletrônicos”, completou o secretário.
Ao longo do trabalho de investigação, que resultou na “Operação Torrone”, sete pessoas foram detidas, dois foram mortos e um está foragido da Justiça. A quadrilha agia com extrema violência baseada em táticas de cangaço e uso de explosivos para roubar valores dos caixas eletrônicos.
“O grupo era formado por aproximadamente 10 pessoas, as quais causavam terror nos municípios em que agiam. Os envolvidos faziam vítimas como reféns e atuavam com agressividade, inclusive roubavam armas e coletes dos seguranças das agências bancárias”, explicou a tenente Kelly Wistuba de França — oficial de relações Públicas do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), pertencente ao 2º Comando Regional da PM (2º CRPM).
A quadrilha começou a ser investigada pela PM, em conjunto com o Ministério Público, após um roubo registrado no dia 11 de maio, que resultou na prisão de três homens e na morte de um quarto envolvido após confronto com a PM.
Além de policiais do 10º BPM, participaram da “Operação Torrone” policiais do 5º Batalhão, sediado em Londrina. Os quatro presos foram encaminhados até a delegacia de Apucarana e os cigarros entregues na Delegacia da Polícia Federal da cidade.
“Essa foi a resposta da Polícia Militar para a sociedade, pois não vamos tolerar esse tipo de ação criminosa em nossa área de atuação. Demonstramos a toda comunidade a força e o empenho da corporação em solucionar esse problema que assolava os pequenos municípios do Norte do estado”, afirmou.
FUZIS — No último sábado, uma outra ação da PM resultou na apreensão de dois fuzis, uma metralhadora, uma pistola, explosivos e a caminhonete usada pela quadrilha que acabara de explodir um caixa eletrônico na cidade de Inácio Martins.
Durante a fuga, já na entrada da cidade de Prudentópolis, a quadrilha trocou tiros com policiais da 8ª Companhia Independente de Polícia Militar (8ª CIPM), pertencente ao 4º Comando Regional da PM (4º CRPM), que foram em apoio à equipe da Rondas Ostensivas Tático Móvel (ROTAM) da 8ª CIPM que já fazia buscas pelo grupo. Um dos homens da quadrilha acabou morto.
Texto e foto: SESP
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