Casos de dengue superam em 11% em relação ao ano passado

Ainda estamos na metade do ano e os casos de dengue em Cianorte já aumentaram em 11% em relação a todo 2014. E a perspectiva é aumentar ainda mais pelo grande volume de chuvas e possibilidades de fazer calor em certos períodos, mesmo no Inverno. O que propicia o desenvolvimento da larva (foto) para o mosquito Aedes Aegypti. “Esse quadro depende muito se esfriar. Daí diminuem os focos do mosquito e os casos da doença. Mas, se esquentar, facilita os ovos virarem larvas e depois mosquitos porque tem muita água parada por causa das chuvas”, explica a supervisora do Programa de Combate à Dengue, Vera Lucia Fusisawa.

Cianorte tem hoje 536 casos positivos de dengue, sendo que em todo 2014 foram registrados 484 casos. No ano passado, entre julho e dezembro foram registrados mais de 80 casos da doença na cidade. Então, com o atual quadro de mais frequência da dengue por uma maior infestação do mosquito Aedes Aegypti a expectativa do setor é registrar um número recorde.

Vera Fusisawa informa que na semana passada foi registrado um caso de dengue na zona rural, o que não é muito comum, principalmente pelo período. “Isso é bem preocupante porque onde essas pessoas estão pegando dengue? Nós passamos muito veneno pelos bairros da cidade e se não tivéssemos feitos essas ações intensivas, o quadro hoje seria bem pior”, alerta a supervisora.

O QUE FAZER – De um lado a população deve permanecer em alerta eliminando os focos do mosquito, evitando deixar recipientes com água parada. Do outro, cabe mais à uma esfera global. “Com essa situação, não se pode só atacar uma frente. É preciso manter a prevenção e o combate, intensificar as pesquisas e também trabalhar para ter uma vacina”, comenta Vera Fusisawa, que revela acompanhar o problema da dengue em outras regiões do país. Como em São Paulo que chegou a ter quatro tipos diferentes do vírus circulando, numa pandemia.

Por isso, a expectativa dos especialistas no setor é que esse quadro de epidemia pelo país continue nos próximos anos, já que a proliferação do mosquito Aedes Aegypti não será controlada em breve.

Texto: Andye Iore / Imagem ilustrativa