População corre atrás de alimentos em Cianorte

greve-mercadoDepois de uma terça-feira parecendo filme dramático por uma suposta falta de combustível nos postos da cidade, a população de Cianorte está apreensiva e monitora o abastecimento nos supermercados. Em algumas lojas já falta batata e tomate. “Conseguimos comprar tomate de produtores da região porque a nossa carga ficou na estrada e estragou”, comentou o subgerente do Supermercados Cidade Canção, Ivonei da Silva (foto). “Já a batata está acabando e não temos mais para repor”.

Ele informa que a empresa tem um depósito central em Paiçandu que abastece os mercados da rede na região. Mas que não deve receber novos produtos nos próximos dias porque a rodovia PR-323 também  foi bloqueada pelos caminhoneiros ontem (25). O mercado cianortense deveria receber uma carga de tomate que ficou parada na estrada na região de Londrina e outra de batata que viria de Santa Catarina e também não chegou.

A dona de casa Joana Oliveira foi ao mercado no começo da tarde de ontem (25) para abastecer a despensa em casa por precaução. “Eu não sei se está faltando alimentos mesmo. Mas não posso deixar minha família sem comida”, disse a mulher ao selecionar entre as poucas batatas que sobraram na gôndola.

No Paraná Supermercados o tomate já acabou e outras verduras e também frutas devem acabar hoje. “Os nossos caminhões para abastecer estão nas estradas, mas não conseguem chegar. Não sabemos que dia teremos abastecimento de hortifrúti”, comentou o gerente Christopher Sarubo.

BLOQUEIOS – Os caminhoneiros pedem redução do preço do combustível e do pedágio e melhor preço do frete. Os manifestantes ampliaram os protestos ontem na região. Foram feitos bloqueios na rodovia PR-323, em Paiçandu e na entrada de Umuarama, segundo dados da Polícia Rodoviária Estadual. Também foram colocados caminhões fechando o fluxo de linhas de trens na região de Maringá. (Texto: Andye Iore)

Excesso de chuva prejudica produção de hortaliças

Além da falta de produtos nos supermercados por conta dos bloqueios dos caminhoneiros, o excesso de chuva dos últimos dias prejudicou também a produção de hortaliças no campo em Cianorte e região.

Como conta o agricultor Marcio Scamardi, a chuva nos últimos dias causou a perda de praticamente toda a produção de alface, além de mais de 500 kg de abobrinha. “Como a abobrinha está em contato com o solo ela começa a apodrecer por causa da umidade. Ai apodrecendo já vem as larvas e começa a consumir a planta”, afirma.

De acordo com o produtor esse tipo de problema normalmente só ocorre no final da safra. Mas, por causa das chuvas, as plantas começaram a apodrecer antes mesmo de iniciar a colheita. “Devo ter perdido em torno de R$ 8 mil entre alface, brócolis e abobora.”, desabafa o agricultor.

De acordo com levantamento feito pela Associação da Feira do Produtor Rural de Hortifrutigranjeiros de Cianorte (Afepruhci), quase metade da produção de horta dos 66 pequenos produtores associados foi perdida por causa da chuva. “As verduras de folhas como alface, almeirão e rúcula quase não vai se encontrar. E, mesmo que encontre a qualidade não vai ser tão boa e o preço acaba subindo também.”, afirma o presidente da AFEPRUHCI, Sidney de Oliveira. (Texto: Juliano Secolo com informações da RPCTV)

Foto: Andye Iore/FOLHA

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População corre atrás de alimentos em Cianorte

greve-mercadoDepois de uma terça-feira parecendo filme dramático por uma suposta falta de combustível nos postos da cidade, a população de Cianorte está apreensiva e monitora o abastecimento nos supermercados. Em algumas lojas já falta batata e tomate. “Conseguimos comprar tomate de produtores da região porque a nossa carga ficou na estrada e estragou”, comentou o subgerente do Supermercados Cidade Canção, Ivonei da Silva (foto). “Já a batata está acabando e não temos mais para repor”.

Ele informa que a empresa tem um depósito central em Paiçandu que abastece os mercados da rede na região. Mas que não deve receber novos produtos nos próximos dias porque a rodovia PR-323 também  foi bloqueada pelos caminhoneiros ontem (25). O mercado cianortense deveria receber uma carga de tomate que ficou parada na estrada na região de Londrina e outra de batata que viria de Santa Catarina e também não chegou.

A dona de casa Joana Oliveira foi ao mercado no começo da tarde de ontem (25) para abastecer a despensa em casa por precaução. “Eu não sei se está faltando alimentos mesmo. Mas não posso deixar minha família sem comida”, disse a mulher ao selecionar entre as poucas batatas que sobraram na gôndola.

No Paraná Supermercados o tomate já acabou e outras verduras e também frutas devem acabar hoje. “Os nossos caminhões para abastecer estão nas estradas, mas não conseguem chegar. Não sabemos que dia teremos abastecimento de hortifrúti”, comentou o gerente Christopher Sarubo.

BLOQUEIOS – Os caminhoneiros pedem redução do preço do combustível e do pedágio e melhor preço do frete. Os manifestantes ampliaram os protestos ontem na região. Foram feitos bloqueios na rodovia PR-323, em Paiçandu e na entrada de Umuarama, segundo dados da Polícia Rodoviária Estadual. Também foram colocados caminhões fechando o fluxo de linhas de trens na região de Maringá. (Texto: Andye Iore)

Excesso de chuva prejudica produção de hortaliças

Além da falta de produtos nos supermercados por conta dos bloqueios dos caminhoneiros, o excesso de chuva dos últimos dias prejudicou também a produção de hortaliças no campo em Cianorte e região.

Como conta o agricultor Marcio Scamardi, a chuva nos últimos dias causou a perda de praticamente toda a produção de alface, além de mais de 500 kg de abobrinha. “Como a abobrinha está em contato com o solo ela começa a apodrecer por causa da umidade. Ai apodrecendo já vem as larvas e começa a consumir a planta”, afirma.

De acordo com o produtor esse tipo de problema normalmente só ocorre no final da safra. Mas, por causa das chuvas, as plantas começaram a apodrecer antes mesmo de iniciar a colheita. “Devo ter perdido em torno de R$ 8 mil entre alface, brócolis e abobora.”, desabafa o agricultor.

De acordo com levantamento feito pela Associação da Feira do Produtor Rural de Hortifrutigranjeiros de Cianorte (Afepruhci), quase metade da produção de horta dos 66 pequenos produtores associados foi perdida por causa da chuva. “As verduras de folhas como alface, almeirão e rúcula quase não vai se encontrar. E, mesmo que encontre a qualidade não vai ser tão boa e o preço acaba subindo também.”, afirma o presidente da AFEPRUHCI, Sidney de Oliveira. (Texto: Juliano Secolo com informações da RPCTV)

Foto: Andye Iore/FOLHA

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