O bom resultado do trabalho que a Polícia Militar fez festa de aniversário de 61 anos da cidade na semana passada pode ser a previa de um bom projeto que deve ser implantado em breve: o monitoramento por câmeras de vídeo na cidade como ferramenta de segurança. Já foi feito um projeto em 2012 e agora o Conselho Comunitário de Segurança refaz o planejamento numa perspectiva mais simples facilitando a implantação. “Vamos buscar recursos do governo estadual ou federal para isso”, comentou o presidente do Conselho, Wanderley de Paula Barbosa. “A experiência nessa parceria entre a prefeitura e a Polícia Militar na semana passada foi um bom começo”.
O primeiro projeto foi orçado em torno de R$ 4 milhões e previa a instalação de 50 câmeras pela cidade. Agora o Conselho trabalha com um começo com custo menor, em torno de 15 câmeras, e ir ampliando aos poucos. Enquanto isso, o Conselho cianortense lançará uma campanha com a participação das empresas da cidade. O “Cianorte de olho no crime” terá um site com cadastro de companhias que tem câmeras de monitoramento. E a Polícia Militar teria acesso a isso para verificar as imagens de algumas regiões para identificar os criminosos. Barbosa informa que já houve contato com empresas e algumas delas até já mudaram o posicionamento de suas câmeras para registrar imagens externas e facilitar o trabalho policial.
COMO FOI – A área do Centro de Eventos Carlos Yoshito Mori na festa de aniversário de Cianorte na semana passada recebeu nove câmeras. Elas tinha longo alcance de zoom e alta qualidade de imagem, o que facilitou o monitoramento, inclusive de área externa, como visualizar placas de veículos. Algumas das câmeras tinham giro de 180° e outras de 360°. A central tinha dois policiais que vinham as imagens por três monitores (foto) e, quando suspeitavam de algo, informavam as equipes que estavam no interior ou ao redor do parque. O policiamento foi feito a pé e motorizado. “Foi um trabalho com resultado preventivo”, explicou o capitão da 5ª Companhia Independente da PM, Cláudio Roberto Longo Silva. “As pessoas viam que havia câmeras e a cabine de monitoramento. Isso inibiu muito a ação dos criminosos”.
O capitão Cláudio Silva informa que foram feitos poucos registros por isso. Como um furto de bolsa no camarote e quatro flagrantes relacionados ao uso de drogas, resultando em duas prisões e na apreensão de um adolescente.
IMPASSE – Além do custo para implantação do equipamento de tecnologia que é caro, outro impasse nessa situação que é comum é a operação do sistema. Pode ser pela polícia, Conselho de Segurança ou Guarda Municipal (que Cianorte não tem). Para Wanderley Barbosa o ideal seria que ficasse com a Polícia Militar que já tem profissionais treinados. Já o capitão Cláudio Silva comenta que não haveria efetivo disponível na 5ª CIA, mas concorda que a rotina do trabalho policial facilita o processo, já que um policial consegue identificar um suspeito e direcionar a ação de patrulhamento ou prisão.
Texto: Andye Iore / Foto: Polícia Militar
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