Os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul definiram medidas e ações conjuntas para a conquista de certificação como zona livre de peste suína clássica junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A questão foi tratada em encontro (foto) em Florianópolis, na segunda-feira (30), com a participação dos secretários estaduais de Agricultura e de diretorias de defesa agropecuária do sul do país. “Será a primeira vez que países, ou regiões, serão reconhecidos pela OIE como livres da doença. Isso pode ser um importante diferencial na manutenção de mercados de carne suína já existentes, assim como a ampliação e conquista de novos mercados internacionais para o setor”, afirma Norberto Ortigara, secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.
MAIOR PRODUÇÃO – No encontro foram apresentadas e discutidas as ações de cada estado no controle e erradicação da peste suína clássica, bem como a realidade do setor e os números de produção. Juntos os três estados da Região Sul são responsáveis por 66% da produção, e de 72% da exportação de carne suína do país.
O reconhecimento internacional poderá favorecer o acesso do produto aos mercados mais competitivos do mundo. “Dando continuidade às políticas sanitárias e de controle que já estamos realizando, através dos nossos órgãos de defesa sanitária animal, podemos ser a primeira área livre do mundo sem a peste suína clássica”, avalia o secretário Norberto Ortigara.
REBANHO PARANAENSE – O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento informa que o rebanho paranaense é de 5,5 milhões de cabeças – 15% do total nacional, que é de 38,7 milhões de cabelas. O Paraná possui o terceiro maior rebanho, enquanto o Rio Grande do Sul é o segundo com 17% – cerca de 6,2 milhões, e Santa Catarina possui o maior rebanho representando 20% (7,5 milhões de cabeça).
Conforme o Deral e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná produziu no último ano 613 mil toneladas de carne suína, representando 20% do total nacional que é de 3,1 milhões de toneladas. A produção paranaense concentra-se na região de Toledo, no Oeste do Estado (39%), vindo depois as regiões de Cascavel (18%), Ponta Grossa (14%), e Francisco Beltrão (9,5%). O Paraná tem em torno de 31 mil criadores comerciais de suínos e cerca de 100 mil produtores ocasionais, ou para consumo próprio.
Texto e foto: AE-PR
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