Ex-pugilista Maguila morre aos 66 anos, vítima de complicações de saúde

Ícone do boxe brasileiro tratava encefalopatia traumática crônica e deixa legado no esporte.

O Brasil está de luto pela morte de José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, lenda do boxe nacional. O ex-pugilista, de 66 anos, faleceu nesta quinta-feira (24) após complicações de saúde decorrentes de encefalopatia traumática crônica (ETC), conhecida como “demência do pugilista”, causada por repetidas lesões na cabeça. Maguila estava internado em uma clínica de repouso em Itu, São Paulo, e seu falecimento foi confirmado por sua esposa, Irani Pinheiro.

Maguila enfrentava a ETC há 18 anos e, mais recentemente, havia descoberto um nódulo no pulmão. Segundo Irani, ele passou os últimos 28 dias internado e sofria de dores intensas no abdômen, além de complicações respiratórias.

Legado no esporte

Nascido em 1958, em Aracaju (Sergipe), Maguila foi uma das figuras mais marcantes do boxe brasileiro, especialmente na categoria peso-pesado. Entre suas conquistas estão o título Brasileiro (1983-1995), o Sul-Americano (1984-1993), além de cinturões importantes como o das Américas do Conselho Mundial de Boxe (WBC) em 1986 e o da Federação Internacional de Boxe (IBF) em 1995. Sua vitória mais emblemática foi contra o britânico Johnny Nelson, que lhe garantiu o título da Federação Mundial de Boxe em 1995.

Homenagens

Diversas entidades e personalidades lamentaram a perda do ex-pugilista. A Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) destacou a importância de Maguila para o boxe nacional, afirmando que ele “contagiava a torcida e colocou o esporte sob os holofotes”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou, lembrando o carisma e a trajetória vitoriosa de Maguila, que, além do esporte, mostrou seu amor pela cultura popular ao lançar um álbum de samba após a aposentadoria dos ringues.

O Ministério do Esporte ressaltou o extenso cartel de Maguila, com 85 lutas, das quais venceu 77, sendo 61 por nocaute, além de seu trabalho em prol de causas sociais. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o ex-pugilista Acelino “Popó” Freitas também prestaram suas condolências, destacando a importância de Maguila como pioneiro no boxe e sua generosidade fora dos ringues.

Maguila deixa um legado inestimável para o esporte brasileiro, sendo lembrado por sua trajetória vitoriosa e por sua contribuição para a popularização do boxe no país. Sua memória permanecerá viva entre fãs e admiradores.

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Fonte: Agência Brasil, Confederação Brasileira de Boxe, Ministério do Esporte.