Lula propõe revisão de acordos comerciais com o México para ampliar investimentos

Presidente brasileiro destaca potencial econômico dos dois países durante fórum com empresários em busca de novos acordos bilaterais.

Durante o Seminário Empresarial México-Brasil, realizado nesta segunda-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a revisão e criação de novos acordos comerciais entre os dois países, visando aumentar o potencial de comércio e investimentos. Em um encontro que reuniu mais de 400 empresários brasileiros e mexicanos na Cidade do México, Lula destacou que Brasil e México ainda não exploraram todo o potencial econômico de suas relações.

“O potencial das economias do México e do Brasil é extraordinário. Precisamos fazer novos acordos e discutir profundamente os entraves comerciais para aproveitarmos ao máximo esse potencial. Uma boa política comercial é uma via de duas mãos: vender e comprar com equilíbrio”, afirmou o presidente.

Lula está no México para a posse da nova presidente, Claudia Sheinbaum, a primeira mulher a ocupar o cargo no país. O presidente brasileiro também mencionou a importância de parcerias com o Congresso Nacional, destacando projetos como o arcabouço fiscal e a reforma tributária, que visam oferecer previsibilidade para investidores nacionais e estrangeiros.

Foco em novos acordos comerciais

O governo brasileiro está empenhado em aprofundar o Acordo de Complementação Econômica (ACE 53) com o México, que atualmente abrange apenas 13% das linhas tarifárias. A intenção é ampliar o número de produtos beneficiados por tarifas mais baixas e simplificar o comércio entre os dois países. Também está em pauta a renegociação do ACE 55, que regula o comércio de automóveis e produtos automotivos, como máquinas agrícolas e autopeças.

Crescimento do comércio bilateral

O México é o sexto maior parceiro comercial do Brasil e, em 2023, o comércio entre os dois países atingiu US$ 14,1 bilhões. Nos últimos quatro anos, as exportações brasileiras para o México cresceram 74%, apesar dos impactos da pandemia. No entanto, as exportações brasileiras ainda representam apenas 2,5% do total, o que destaca o potencial de crescimento dessas relações comerciais.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio