De carro, andando por qualquer rua ou avenida da cidade, sinto-me vulnerável, a qualquer momento, principalmente, no centro da cidade, parece que alguns motoristas saíram de casa com o propósito de encurralar algum carro ou alguma pessoa.
Há grande falta de respeito e principalmente, de responsabilidade de alguns que ao sentar no banco do motorista, a rua passa a ser dele, não se obedece as leis fundamentais do trânsito e avançam em cima dos pedestres que ficam esperando parados na faixa branca um sinal do motorista que agora podem passar e cruzar a rua. O direito de andar na rua livremente é um direito inalienável, desde que se respeite as regras de trânsito, mas, não é isto que se observa nos dias de muito movimento, dias de chuva, no horário comercial, até pelas 16 horas está impossível uma pessoa calma dirigir o seu carro sem temer algum atropelo. Senão vejamos, a Praça 26 de Julho é o único lugar da cidade que se respeita a faixa de pedestres e quando se respeita! O motorista consciente, sem pressa, ao aproximar-se da faixa, olha para ambos os lados para se dar conta de que alguém esteja atravessando, e raros são aqueles que param para deixar o pedestre passar. Aí percebemos que o perigo é tanto de ser atropelado, que quando o carro para a pessoa atravessa correndo… por que? Medo? Não confia no motorista do carro? E não há aquele que olhe para o motorista e não faça um sinal com a cabeça ou com as mãos agradecendo a gentileza de parar o carro na faixa, para deixar o pobre pedestre passar. Impressionante, façam o teste e observem, pare na faixa de pedestre e olhe para ele, e ele gentilmente agradece como se o motorista apressado está fazendo um favor ou uma deferência toda especial para ele.
Mas não são somente os motoristas que cometem insanidades avançando apressadamente, porque o motorista sempre tem pressa para chegar onde não há pressa. Onde tem semáforo, observem a constância deste comportamento: o pedestre olha para o semáforo e se ele estiver verde ele atravessa a faixa, como se o sinal de verde fosse para ele, principalmente, quando se sai da rua Piratininga e se entra na Avenida Souza Naves, de carro. O sinal verde indica que o carro na rua Piratininga pode avançar, está livre para ele, não para o pedestre.
Penso que a falta de conhecimento sobre direitos e deveres no trânsito, do cidadão, deveria ser praticado nas escolas, quando se ensinam os limites de um ser humano, se é que ensinam hoje. A escola é o centro de educação dos costumes, respeito por eles, mas, também pelo reconhecimento de que se existem leis, estas tem que ser obedecidas.
E o que dizer do motorista de motocicleta, e alguns são tão irracionais, que estão atrás de você, com o sinal fechado e eles fazem aqueles malabarismos e se enfiam por dentro do menor espaço do meu carro e a calçada à esquerda e podam em velocidade, porque tem pressa, e o sinal está vermelho. Ou quando podam pela direita, entra na frente de seu carro causando uma palpitação no coração e vão fazendo curvas ao seu bel prazer, por qualquer lado onde houver uma passagem. Concordo que as multas de trânsito devem mesmo ser altas, porque quem não respeita o direito do outro tem mesmo é que aposentar o carro e a moto e andar a pé na cidade. E como no tempo das flores os canteiros coloridos embelezam as calçadas e as ruas, melhor mesmo é andar a pé.
Izaura Varella