Fila do INSS cresce 46,6% durante greve, mas segue menor que em 2022

Número de pedidos subiu para quase 2 milhões; tempo médio de concessão aumentou para 43 dias

A fila de pedidos de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aumentou 46,6% durante a greve de 114 dias do órgão, entre julho e novembro de 2024. Apesar da alta, o tempo médio de espera e o número total de requerimentos seguem menores que no governo anterior, segundo o Portal da Transparência Previdenciária.

Em novembro de 2024, havia 1.985.090 pedidos pendentes, contra 1.353.910 no mês anterior à greve. O tempo médio líquido para concessão dos benefícios subiu de 34 para 39 dias, enquanto o tempo médio bruto passou de 36 para 43 dias. Mesmo com a paralisação, o prazo legal de 45 dias foi respeitado. Em dezembro de 2022, o tempo médio líquido era de 76 dias.

Crescimento na demanda e desafios

Além da greve, o INSS enfrenta um aumento expressivo no volume de pedidos. A média mensal de requerimentos passou de 700 mil em 2022 para 1,4 milhão atualmente. Outros desafios incluem:

  • Greve dos médicos peritos desde outubro de 2024;
  • Parada de sistemas em 2024, que acumulou 1 milhão de processos;
  • Orçamento de 2025 não aprovado, dificultando medidas para reduzir a fila.

Medidas para reduzir a fila

Para enfrentar a demanda, o governo anunciou uma série de ações, incluindo:

  • Nomeação de 1.276 aprovados no concurso de 2022;
  • Convocação de 353 novos concursados para formação em 2025;
  • Destinação de 500 servidores para revisão de perícias e processos administrativos;
  • Mutirões de atendimento e reformulação do Atestmed (perícia médica on-line);
  • Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS);
  • Simplificação da análise de benefícios por incapacidade temporária, agilizando 800 mil processos no segundo semestre de 2024.

A revisão de benefícios por incapacidade temporária resultou na interrupção de 356.422 benefícios após 684.262 perícias realizadas entre julho e dezembro de 2024. Esse processo continuará ao longo de 2025.

Fonte: Agência Brasil