Idosos são os mais afetados, e fim de ano exige cautela com proteção
A nova edição do boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgada nesta quinta-feira (19), aponta para um aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à covid-19 em diversas regiões do Brasil. O Ceará, que já apresentava crescimento na semana anterior, permanece em alta, enquanto Minas Gerais, Sergipe, Rondônia e o Distrito Federal começam a registrar sinais semelhantes.
Os casos de SRAG têm atingido principalmente idosos, grupo mais vulnerável às complicações graves da covid-19. O boletim também identifica aumento de ocorrências entre crianças e adolescentes de até 14 anos, embora, nesses casos, os principais agentes sejam outros vírus respiratórios, como o rinovírus, predominante em estados como Acre, Minas Gerais e Sergipe.
SRAG e os números mais recentes
A SRAG é uma complicação respiratória que frequentemente requer hospitalização e pode ser causada por infecções virais. Entre os casos confirmados com resultado positivo para algum vírus respiratório nas últimas semanas, 31,1% foram relacionados à covid-19, enquanto o rinovírus lidera com 38,6%. Outros vírus, como o sincicial respiratório (VSR), influenza A e B, também aparecem nos dados, embora em proporções menores.
Entre os casos de SRAG que resultaram em óbito, 63,6% estão associados à covid-19, com maior impacto sobre idosos. No acumulado de 2024, o Brasil já registra 78.739 casos de SRAG confirmados para algum vírus, sendo 19,6% devido à covid-19.
Tendência nacional e recomendações
O boletim indica uma tendência de aumento dos casos de SRAG em nível nacional. Entre as unidades federativas com crescimento mais evidente no longo prazo estão Acre, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraíba, Rondônia e Sergipe. No curto prazo, estados como Bahia e Mato Grosso também sinalizam alta.
A pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz, destaca que o Brasil enfrentou duas ondas de covid-19 em 2024, mas, ainda assim, houve uma redução de 40% nos casos de SRAG associados à doença em comparação a 2023. Contudo, o atual crescimento exige atenção, especialmente durante as festas de fim de ano.
Portella recomenda o uso de máscaras caso surjam sintomas gripais, além de priorizar ambientes arejados e manter medidas de proteção, como a higiene das mãos. “Com os sinais de aumento da covid-19, especialmente em algumas regiões, é importante reforçar os cuidados”, alerta a pesquisadora.
Convite ao leitor
Como você está se protegendo neste período de aumento de casos? Compartilhe suas experiências e sugestões nos comentários! Siga também nossas redes sociais para se manter informado.
Fonte: Agência Brasil