Reconhecimento ressalta a importância histórica e cultural da instituição, que se prepara para reabrir em 2026
O Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A sanção da Lei 10.580/24, de autoria da deputada estadual Veronica Lima (PT), foi assinada nesta quinta-feira (28) pelo governador Cláudio Castro, reafirmando a relevância histórica e científica da instituição.
Fundado em 6 de junho de 1818 por Dom João VI, o Museu Nacional é a instituição científica mais antiga do Brasil. Inicialmente denominado Museu Real, foi criado para promover o conhecimento e o estudo das ciências naturais no período em que o Brasil era colônia portuguesa. Desde 1946, a instituição está vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Incêndio e reconstrução
Em 2 de setembro de 2018, um incêndio devastador destruiu cerca de 80% do acervo da instituição, que era o maior museu de história natural da América Latina, abrigando mais de 20 milhões de itens. Entre os itens perdidos estavam fósseis, artefatos históricos e registros científicos inestimáveis.
Apesar da tragédia, o Museu Nacional iniciou um intenso processo de reconstrução, que segue em andamento. Segundo o cronograma, a reabertura ao público está prevista para 2026, no histórico Palácio Paço de São Cristóvão, sua sede original.
Enquanto a reconstrução avança, o museu mantém atividades culturais e pedagógicas, como exposições destinadas à visitação escolar.
Reconhecimento e preservação
O título de patrimônio imaterial não impede que obras e reformas sejam realizadas no local, mas fortalece o compromisso com a preservação da memória histórica e cultural que a instituição representa.
“Este reconhecimento é mais um passo importante para valorizarmos nossa história e reafirmarmos o Museu Nacional como um símbolo do patrimônio cultural brasileiro,” destacou o governador Cláudio Castro em nota oficial.
Com o olhar voltado para o futuro, o Museu Nacional continua sendo um marco na história da ciência e da cultura do Brasil, resistindo às adversidades e mantendo seu papel como referência no cenário acadêmico e cultural.
Fonte: Agência Brasil
