
Estado registra 1.421 casos de coqueluche em 2024; Sesa reforça importância da vacinação para conter avanço da doença
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná emitiu um alerta nesta quarta-feira (13) sobre o aumento expressivo dos casos de coqueluche no Estado. Apenas na última semana, foram registrados 189 novos casos, totalizando 1.421 ocorrências desde o início do ano. A coqueluche, uma doença altamente contagiosa, pode ser transmitida de uma pessoa para até 17 outras, o que reforça a necessidade de manter a vacinação em dia para prevenir surtos.
A vacina contra a coqueluche está disponível gratuitamente nos postos de saúde do Paraná, integrando o Calendário Nacional de Vacinação do SUS. A maioria dos casos confirmados está concentrada na 2ª Regional de Saúde Metropolitana (617), seguida pelas regionais de Londrina (256), Ponta Grossa (167) e Maringá (82). Até o momento, foram registrados três óbitos, com outras três mortes em investigação.
Vacinação é essencial para todas as idades
Segundo o secretário de Saúde, César Neves, é fundamental que a população mantenha a carteirinha de vacinação atualizada, especialmente no período sazonal da doença, entre setembro e março. “Essa é a forma mais eficaz de prevenir a circulação do bacilo causador da coqueluche”, afirmou Neves.
O esquema vacinal contra a coqueluche inclui a vacina pentavalente para bebês aos 2, 4 e 6 meses, e a DTP, aplicada como reforço aos 15 meses e aos 4 anos. Gestantes e profissionais de saúde que trabalham com crianças e recém-nascidos também são recomendados a tomar a dose da vacina dTpa para proteção adicional.
Cobertura vacinal e ações de combate à coqueluche
Atualmente, a cobertura vacinal da pentavalente em crianças no Paraná é de 90%, enquanto a DTP atinge 86%. Entre as gestantes, 53,3% estão com a vacinação em atraso. Com o apoio da plataforma “Paraná Saúde Digital”, a Sesa intensifica ações para monitorar e alcançar pessoas com vacinas pendentes, promovendo busca ativa e imunização direcionada.
A Sesa realiza ainda outras ações junto às Regionais de Saúde, como videoconferências, capacitações, e orientação para controle de visitas de pessoas com sintomas respiratórios aos recém-nascidos. Em casos suspeitos ou confirmados, a investigação e o tratamento são imediatos, visando a contenção da doença.
Sintomas, diagnóstico e tratamento
A coqueluche é especialmente perigosa para crianças menores de um ano, podendo levar a complicações graves e até ao óbito. A doença se manifesta em três fases: inicialmente, com sintomas de resfriado comum; na segunda fase, surgem crises intensas de tosse; e, na última fase, os sintomas diminuem, mas a tosse pode persistir por meses.
O diagnóstico é feito por cultura ou PCR em tempo real, e está disponível nos postos de saúde do Paraná. O tratamento é realizado com antibióticos e deve ser orientado por um médico, que também poderá monitorar os contatos próximos do paciente.
Esquema vacinal contra coqueluche
- Vacina Pentavalente: aplicada aos 2, 4 e 6 meses, protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e hepatite B.
- Vacina DTP: reforço aos 15 meses e aos 4 anos, previne difteria, tétano e coqueluche.
- Vacina dTpa: recomendada para gestantes a partir da 20ª semana e profissionais de saúde e educação que cuidam de bebês e crianças.
Fonte: Sesa