Psicóloga aponta que surgimento de vitiligo pode ter fundo emocional

Indoor shot of slim female model with lack of skin pigmentation has vitiligo poses against blue background in underwear. Dermatology concept

A confinada Natália Deodato do BBB 22 reacendeu uma discussão a respeito da condição patológica

A presença de uma mulher com vitiligo no BBB 22, Natália Deodato reforçou a importância de falarmos a respeito dessa patologia, ainda pouco conhecida. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a condição atinge cerca de 1% da população mundial e aproximadamente um milhão de pessoas somente no Brasil.

É uma doença autoimune que causa a despigmentação da pele. Especialistas afirmam que há uma predisposição genética para desenvolver a doença, aliada a um evento estressor que pode influenciar no processo.

O tratamento é longo e geralmente envolve aplicações de pomadas à base de corticoides, loções e fototerapia, mas é raro que haja a cura definitiva das lesões.

“Por ser uma doença autoimune, o vitiligo, assim como qualquer outra doença, pode ser influenciado por um fator estressante, para se manifestar ou se agravar. Eu sempre recomendo o acompanhamento psicoterápico, a fim de auxiliar o paciente a entender o que desencadeou o vitiligo, bem como dar suporte para se adaptar às consequências do quadro clinico”, explica Daiane Daumichen, psicóloga especializada em crise.

A psicóloga complementa que o surgimento do vitiligo tem fundo emocional, e em alguns casos pode haver um fator claro do que o desencadeou, já em outras situações, a pessoa nunca manifesta essa condição.

“Situações críticas e estressantes, como luto, pressões, demissão, final de relacionamentos, pandemia e outras situações traumáticas, podem desencadear o início da doença. É comum identificar problema de fundo emocional em quem tem vitiligo”, diz Daiane.

Durante conversa com outro confinado, a modelo Natália contou que a sua doença pode ser de fator genético, emocional ou falta de uma vitamina ou proteína no sangue. “Geralmente, o genético é desencadeado pelo emocional também. Eu fiz muitos exames para saber se meu sangue tinha problema. Genético não tinha como, porque, até a 4ª geração, só teve um caso bem distante. O meu era realmente emocional. As minhas manchinhas aumentaram muito. Em questão de uma semana eu fiquei totalmente pintadinha. Um dia eu acordei com uma mancha no joelho, nuca e rosto. Eu estava muito estressada na época com muitas mudanças”, contou a confinada.

“Gosto muito de falar sobre doenças psicossomáticas que surgem por causa de questões mal resolvidas na mente das pessoas. A pele representa o nosso primeiro contato com o mundo externo e com as pessoas ao nosso redor. Um ambiente estressante que gera ansiedade pode impactar na saúde física. O acompanhamento psicológico é fundamental para fortalecer o emocional e prevenir o surgimento de novas lesões, bem como, obter efeitos positivos com o tratamento.”, finaliza a psicóloga.