Os produtores de uva do Paraná já trabalham na colheita da fruta, cuja atividade se estende de janeiro a março, dependendo da região e da cultivar. O Estado é o sexto maior produtor nacional dessa que é a quinta fruta mais produzida no mundo. Esse é um dos temas abordados no primeiro Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária de 2022. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
De acordo com a Organização para Agricultura e Alimentação (FAO), das Nações Unidas, as uvas participaram com 8% das 968,9 milhões de toneladas de frutas colhidas em 2019. Elas cobriram 6,9 milhões de hectares distribuídos em 91 países e renderam 77,1 milhões de toneladas. Na liderança aparece a China, com 10,8% da safra mundial, seguida da Itália (10,2%) e Estados Unidos (8,1%).
Na 15ª posição, o Brasil foi responsável por 1,4 milhão de toneladas, o que corresponde a 1,9% da produção mundial, colhidas em 73,7 mil hectares, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2020, o Rio Grande do Sul liderou a produção nacional que se estendeu por 19 unidades da Federação, com 51,2% do volume. É seguido por Pernambuco (24,4%) e São Paulo (10,4%).
Na sexta posição, o Paraná colheu 53,2 mil toneladas de uvas em 3,6 mil hectares em 2020, o que representa 3,8% da produção brasileira. Entre 2011 e o ano passado, influenciado pelo reposicionamento da viticultura de mesa no País, o Paraná observou redução de 41,5% na área plantada e de 49,3% em volumes colhidos.
Mas as uvas rústicas, destinadas à transformação agroindustrial, que representavam um quinto da produção no período citado, foram responsáveis por 39,9% do volume em 2021, o que aponta para novo posicionamento no Estado.
As Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa/PR) tiveram 14,4 mil toneladas de uvas vendidas no ano passado, com preço médio de R$ 6,63 o quilo, alavancando movimentação financeira de R$ 95,4 milhões. Já os produtores paranaenses de uva fina de mesa receberam, na média anual, R$ 5,89 pelo quilo. Do volume comercializado, 33,5% são do Paraná e 30,2%, de São Paulo.
MANDIOCA E MILHO – O documento do Deral registra, ainda, a previsão de colheita de mais de 2,9 milhões de toneladas de mandioca em 131 mil hectares do território paranaense. Isso representa queda de 3% em relação ao que foi colhido no ano passado.
Há análise sobre o comportamento da cultura do milho de primeira safra que, de modo geral, está em situação crítica devido à estiagem. As condições climáticas não favoráveis atrapalham igualmente o início do plantio da segunda safra, que está bastante tímido.
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SOJA E TRIGO – Os produtores de soja do Paraná começaram a colheita da safra 2021/22 nesta semana. Com 2% da área já colhida, as condições gerais de campo mostram piora significativa, o que vai refletir em menor produtividade.
O boletim agropecuário aponta que a extensão a ser ocupada pelo trigo ainda é incerta no Estado. Entre as razões está um possível aumento de área do milho safrinha, devido ao preço mais atraente ou antecipação na colheita da soja, cujo espaço pode ser preenchido por esse cereal, em detrimento do trigo.
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APICULTURA E AVICULTURA – De janeiro a novembro de 2021, as agroindústrias da apicultura brasileira exportaram 45.508 toneladas de mel in natura, de acordo com o Agrostat Brasil. O volume é 6,6% maior que o obtido em igual período de 2020. O Paraná está na terceira posição, com 9.456 toneladas de mel enviadas ao Exterior, atrás de Piauí e Santa Catarina.
O documento do Deral mostra, ainda, recuo de 1,34% no custo de produção do frango no Paraná em novembro de 2021, com redução de R$ 5,21 o quilo para R$ 5,14. A análise se estende também para as exportações de ovos em 2021, que apresentou crescimento em volume de 81,5% e, em receita, de 80%, e para as perspectivas que se apresentam para esse segmento.AEN
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