prevenção antes da intervenção
Quanto mais longa é a vida média da população, mais importante se torna o conceito de qualidade de vida, e a saúde bucal tem um papel relevante nesse contexto. Saúde bucal comprometida pode afetar o nível nutricional, o bem-estar físico e mental e diminuir o prazer de uma vida social ativa
A perda dental reduz a capacidade mastigatória, o que pode influenciar a seleção dos alimentos, o status nutricional e a saúde geral. A manutenção de uma boa higiene oral é um importante promotor de saúde na população em envelhecimento.
Um dos desafios da odontologia atual e futura será conviver com pessoas de idade avançada e com todos os dentes. Isso é reflexo dos tratamentos atuais que buscam primeiramente a prevenção e com isso, a longevidade dos dentes aumentam. Diferente do equivocado conceito antigo de quer o idoso perder os dentes é “normal” ao longo da vida, devemos educar a população e motivar para que todos cheguem à terceira idade com todos os dentes e uma saúde bucal que traga qualidade de vida.
A ausência parcial ou total de dentes traz graves consequências a nível da saúde física e emocional. A capacidade de mastigação torna-se muito reduzida afetando as escolhas alimentares, contribuindo para défices nutricionais e, consequentemente, para um risco aumentado de aparecimento de outras doenças. As pessoas tendem a evitar os alimentos ricos em fibras e escolhem alimentos com menor valor nutricional, elevados teores de gorduras saturadas e colesterol.
O Cirurgião Dentista frente a esses dados deve ter conhecimento sobre as alterações que ocorrem em virtude do envelhecimento do organismo, conhecer as doenças que afetam os idosos, alterações sistêmicas, psicossocial, conhecer as principais alterações bucais, medicamentos que esses pacientes utilizam e saber de suas necessidades e expectativas.
Nós sabemos que a odontologia do passado era muito extracionista, e com isso, o paciente idoso, apresentava muitas perdas dentárias, muitas próteses e alteração no tecido ósseo de suporte. Assim sendo, vem se tornando comum recebermos pacientes para tratamento ortodôntico auxiliar de preparação para futuro tratamento reabilitador como implantes e próteses.
Com o comprometimento da saúde oral, o idoso altera os seus comportamentos, e os estudos têm vindo a reforçar que a saúde oral tem impacto na qualidade de vida em idosos. Uma saúde oral deficiente pode dar origem a diversas consequências negativas no que refere à saúde em geral do idoso.
É imprescindível destacar alguns fatores que predispõem os idosos a doença bucal, como por exemplo a dificuldade de higiene bucal e das próteses se dar devido ao declínio na saúde geral, distúrbios cognitivos, dificuldades motoras e diminuição da acuidade visual.
É essencial a realização diária das práticas de higiene oral. Nos casos em que o idoso seja dependente de outros, deverá ter ajuda para a execução da escovação dos dentes e da limpeza interdentária, por parte de um familiar, ou de cuidadores capacitados.
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