No tratamento odontológico um dos principais fatores para o entendimento das partes é o relacionamento que deve ser o mais amigável possível. Entretanto, quando se trata de uma criança, o relacionamento é entre o dentista, a criança e seus pais ou responsáveis.
O tratamento odontopediátrico inicia-se com a Psicologia mediante a utilização das técnicas de manejo do paciente. O controle do comportamento infantil é muito importante durante todo o tratamento, dessa forma, é necessário o envolvimento dos pais ou responsáveis no processo. Além da habilidade do (a) Odontopediatra e de todo seu conhecimento do desenvolvimento infantil, diagnóstico preciso, destreza manual e amor pelo que faz, a cooperação da criança é um fator determinante.
O profissional em Odontopediatria é responsável também pela higiene não só das crianças que já tem dentinhos, mas também dos bebês e das gestantes. Além do cuidado clínico tem a preocupação de orientar as mães sobre: higiene, tipos de escovas e cremes dentais, uso de mamadeira e chupeta, dieta cariogênica, aplicação de flúor e selantes, enfim, tudo que possa contribuir para que esta criança cresça sem cárie.
As técnicas de controle de comportamento são as principais armas de trabalho da Odontopediatra. São elas que o diferenciam do clínico geral, pois têm a capacidade de prover atendimento a crianças muito novas, portadoras de deficiência, amedrontadas, rebeldes ou com algum distúrbio comportamental que dificulte o seu tratamento.
Sabemos que o paciente pediátrico consiste num desafio para o profissional da odontologia, porém, a simples faixa etária não pode significar um empecilho para que o atendimento ocorra. Assim sendo, a Odontopediatra deve executar as técnicas alternativas para o tratamento odontológico, entendendo, cativando e encantando seus pacientes, criando assim um ambiente mais propício à realização do tratamento.
COMO OS PAIS PODEM AJUDAR?
Os pais ou responsáveis devem ter ciência de que o comportamento do paciente é de considerável importância, pois, sabemos da dificuldade de se efetuar um tratamento de forma eficiente, principalmente se a criança se recusa em se deixar tratar, ou se a sessão é realizada em meio às lágrimas.
É essencial que os pais compreendam a importância do conceito da prevenção. Não é bom adiar a consulta de um bebê porque pensam “ele não vai ajudar, ele vai chorar”, pois a odontopediatra está apta a lidar com bebês. O ideal é que a primeira consulta seja feita antes do nascimento dos primeiros dentinhos, para desde então orientar os pais e acompanhar a erupção dos dentes de modo que a criança nunca tenha uma cárie.
Colaboração: Dr. Wagner Destéfano
Cirurgião Dentista – CRO 10637