ENXERTO ÓSSEO COM LEVANTAMENTO DO SEIO MAXILAR

Para a reabilitação da região posterior da maxila quando se perde um ou mais dentes, requer uma quantidade e qualidade óssea suficiente para estabilidade de um implante. Quando é indicada a extração de dentes dessa região, normalmente ocorre uma diminuição óssea (reabsorção) em espessura e altura, podendo comprometer a instalação de implantes osseointegrados.

Realizada e exodontia (extração dentária), pode-se proceder a instalação dos implantes concomitantemente ou em um segundo momento cirúrgico, dependendo do volume e, qualidade do remanescente ósseo permitindo a estabilidade primária. Quando realizado o enxerto ósseo e a instalação dos implantes dentários em tempos cirúrgicos diferentes, há maior simplicidade na segunda etapa cirúrgica, pois o implante é instalado em uma área com quantidade óssea adequada.

O implante dental, indiscutivelmente, é o procedimento atual mais seguro e indicado para a maioria das reabilitações orais. No entanto, a perda de dentes nessa região posterior da maxila e o avanço da idade do paciente, apresentam como consequências, além da reabsorção óssea do osso alveolar, a pneumatização dos seios maxilares, ou seja, o osso fica sem altura e volume, o que muitas vezes inviabiliza a instalação dos implantes, sem que se faça o levantamento do seio maxilar.

As reabsorções ósseas ocorrem em toda região onde se extrai dentes, podendo variar o grau de reabsorção óssea de moderada à severa, o que muitas vezes impossibilita a instalação direta dos implantes. Dessa forma, deve-se lançar mão de reconstruções ósseas, seja com material autógeno, biomateriais ou associação de ambos.

A região que ocorre grande perda óssea é a posterior superior, onde se encontra o seio maxilar. Dependendo da altura óssea é que determinamos a técnica utilizada na instalação dos implantes, onde existem 3 situações:

A primeira quando o paciente apresenta o osso alveolar remanescente da região posterior da maxila entre 1 a 4 mm; nesse caso deve-se realizar o levantamento de seio e esperar em média DE 6 a 9 meses para instalar o implante.

A segunda situação existe quando temos um osso remanescente igual ou maior que 8 mm, onde utilizaremos osteótomos específicos para o levantamento de seio maxilar atraumático e o implante é instalado no mesmo tempo cirúrgico.

A terceira situação existe quando temos uma quantidade óssea entre 5 e 7 mm possibilitando a realização do levantamento de seio da maxila e instalação do implante no mesmo tempo cirúrgico, otimizando o tempo de reabilitação final do paciente. Este remanescente ósseo assegura a estabilidade primária do implante.

Como todo procedimento cirúrgico, devemos entender os riscos e suas vantagens e desvantagens, portanto, cada caso deve ser amplamente avaliado e diagnosticado. A maior complicação desse tipo de cirurgia é a infecção do enxerto que pode levar à perda de todo o material que se colocou e obrigando a uma nova intervenção.

Portanto, a realização do levantamento de seio maxilar associado a enxerto ósseo ou não, e a instalação de implantes, é um procedimento que tem variação de conduta dependendo do caso, mas, desde que bem avaliado e planejado, pode ser feito com sucesso.

Colaboração: Dr. Wagner Destéfano

Cirurgião Dentista – CRO 10637